A 6ª Promotoria de Justiça de Araguaína ajuizou, no final do mês de dezembro, 16 ações de improbidade administrativa em face de ex-prefeitos e ex-vereadores dos municípios de Araguanã, Aragominas, Carmolândia, Muricilândia, Nova Olinda e Santa Fé do Araguaia. O rol de ações faz parte do projeto Auxiliar de Tutela Coletiva. Segundo o MPE, as ações são relacionadas a atos de improbidade praticados no período de 2009 a 2012, destacando-se as seguintes situações: omissão no repasse de valores descontados em folha de pagamento de servidores públicos a título de empréstimo consignado, fraude em procedimento licitatório, ineficiência de controle interno, nepotismo, ausência de prestação de contas, irregularidades nas contas apreciadas/analisadas pelo Tribunal de Contas, dentre outras.
RÉUS Noraldino Mateus Fonseca, ex-prefeito de Araguanã, em razão da possível apropriação de R$ 50.977,53 descontados dos servidores públicos municipais e que deveriam ser repassados à Caixa Econômica Federal, no período de julho a agosto de 2011, mas não foram. Ele responde a outras quatro ações.
Antônio Mota, ex-prefeito de Aragominas, responde a duas ações por emissão de cheques sem fundos, ausência de prestação de contas referente a 2004, déficit orçamentário, cancelamento de obrigações, contratos sem licitação, pagamentos sem a realização do serviço, entre outras irregularidades apontadas pelo TCE em auditoria.
Noraldino Mateus Fonseca, ex-prefeito de Araguanã, e os ex-vereadores
Benedito Rosa da Silva;
Paulo Ezequiel Rocha;
Cícero Dias da Silva;
José Batista Alves de Araújo;
Getúlio Antônio da Silva;
Hamilton Silva Leite e
José Geraldo Pereira. O ex-gestor é acusado de se beneficiar e favorecer os ex-vereadores em alusão, com cargos em comissão para indicação de familiares, para barrar uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, no ano de 2011.
Valtenis Lino da Silva, ex-prefeito de Santa Fé, por déficit financeiro, orçamentário e graves inconsistências dos registros contábeis, as quais interferem na apuração do resultado orçamentário e financeiro do exercício.
Jair Luiz Montes – ex-prefeito de Muricilândia, em 2012, por descumprimento do limite máximo de repasse à Câmara Municipal, abertura de créditos suplementares em percentual superior ao autorizado em lei e contas julgadas irregulares pelo TCE.
PROJETO No ano de 2017, o Projeto Auxiliar de Tutela Coletiva já auxiliou a Promotoria de Justiça de Aurora do Tocantins, a 28ª Promotoria de Justiça da Capital, a Promotoria de Justiça de Colmeia, a 2ª Promotoria de Justiça de Dianópolis, a Promotoria de Justiça de Araguacema e a 6ª Promotoria de Justiça de Araguaína, contribuindo para o impulsionamento de mais de 700 procedimentos extrajudiciais. Iniciado no ano de 2015 e desenvolvido no âmbito da Corregedoria-Geral, o projeto presta apoio às Promotorias de Justiça que possuem atribuição na defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. O Corregedor-Geral do MPE,
João Rodrigues Filho, destaca novamente a participação dos Promotores de Justiça Substitutos no projeto:
"são os Promotores Substitutos os protagonistas do projeto, principais responsáveis pelo impulsionamento dos procedimentos, o que resulta na instauração de inúmeros inquéritos civis e no ajuizamento de várias ações de improbidade administrativa em todo o Estado". (Ascom)