Dívida bilionária

Produtores da região de Araguaína temem cobrança retroativa do Funrural e vão a Brasília protestar

Por Redação AF
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20/03/2018 10h00 - Atualizado há 5 anos
Pecuaristas de todo o Brasil preparam uma caravana a Brasília (DF) para manifestação, no dia 4 de abril, contra a cobrança retroativa do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) e securitização das dívidas. A exigência do Funrural estava suspensa desde 2010, mas em 29 de março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu a decisão e disse que a cobrança é constitucional. Com isso, os produtores terão que pagar uma dívida bilionária, inviabilizando a cadeia produtiva no país. Em Araguaína, norte do Tocantins, o Sindicato Rural convocou todos os associados para uma reunião onde serão discutidas estratégias de participação da comitiva tocantinense na manifestação que acontecerá em Brasília. Para Roberto Paulino, presidente do sindicato, a gravidade da questão do Funrural e a insegurança jurídica vem tirando o sono de todos os produtores do país. "Queremos sensibilizar o STF quanto às graves consequências para a cadeia produtiva do agronegócio, em razão da retroatividade pelo período em que a contribuição foi considerada inconstitucional. Isso irá gerar um passivo bilionário na conta dos produtores e das agroindústrias que pode levar centenas de propriedades rurais à falência". O evento, denominado Manifesto Verde e Amarelo, está mobilizando produtores rurais de todo o país e será realizado na Praça dos Três Poderes, DF. A Primeira Caravana "Não ao Funrural" Em maio do ano passado os produtores rurais de Araguaína e região estiveram em Brasília participando de uma grande mobilização nacional para reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a cobrança do FUNRURAL. A caravana do Tocantins foi a 2ª com maior número de produtores. No Congresso Nacional, os pecuaristas tocantinenses se reuniram com as Comissões de Agricultura das duas Casas Legislativas e com a Frente Parlamentar da Agricultura, além de reuniões com membros do Poder Judiciário, Poder Executivo e parlamentares tocantinenses. De lá pra cá, entidades do setor rural entraram com recursos no STF e vêm pressionando os ministros para que façam a modulação do julgamento, indicando se essa cobrança sobre o passado é realmente válida. Com a 'megamobilização' do dia 4 de abril, pecuaristas de todas as regiões esperam encontrar a solução justa e que esteja de acordo com a realidade socioeconômica do Brasil do século XXI, o Brasil do agronegócio. A reunião, convocada pelo Sindicato Rural de Araguaína acontece nesta quarta-feira, as 20 horas, no tatersal do Parque de Exposições Dair José Lourenço.

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