Esses e outros fatores ocasionam subnotificação desse tipo de violência.
Apesar de os registros de denúncias de violências contra mulher responderem por altos índices nas estatísticas, além de ser a principal causa de feminicídio no Brasil e no mundo, o que se nota ainda é a culpabilização da vítima e as relações de dependências emocionais e financeiras, mitos, preconceitos e comportamentos sexistas que levam a subnotificação desse tipo de violência de gênero.
Nesse sentido, a Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciju) esclareceu alguns comportamentos e motivos da relação da vítima e da família com o agressor que a impede de denunciar. O objetivo é sensibilizar e despertar na sociedade o comportamento de prevenção e de enfrentamento a esse crime, auxiliando a vítima a quebrar o ciclo da violência e buscar ajuda.
De acordo com a gerente de Políticas e Proteção às Mulheres da Seciju, Flávia Martins, a dependência é um dos fatores que encadeiam outros impedimentos para a quebra do ciclo de violência.
“A maioria das mulheres não denunciam seu agressor por ter uma grande dependência, tanto financeira como psicológica e emocional. Existe o medo de recomeçar e se manter sozinha, além de reconstruir a vida. Com isso, ela acaba se submetendo a viver com seu agressor mesmo sofrendo essas violências, mas é muito importante buscar ajuda profissional para conseguir se desvincular desse ciclo de violência em que vive e encontrar força em si mesma”, concluiu.
Motivos que levam a subnotificação
De acordo com o Instituto Maria da Penha, a mulher sofre vários tipos de violências, podendo ser física, moral, psicológica, sexual e patrimonial, praticadas de maneira isolada ou não.
Além disso, um balanço de 2019 da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) sobre violência contra mulher apresentado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, revelou que as agressões estão diretamente relacionadas aos companheiros, cônjuges e ex-companheiros das vítimas.
Esse retrato mostra que, por vezes, as vítimas não denunciam seus agressores por diversos fatores que vão desde o envolvimento emocional e a dependência financeira, especialmente quando há filhos, o que leva muitas mulheres a continuarem sendo vítimas de agressão; relacionamentos abusivos no quais as vítimas têm dificuldade de reconhecer determinadas posturas como agressivas, em especial quando não há violência física; e a falta de credibilidade dada às mulheres ao trazerem à tona a violência, consideradas muitas vezes a responsável por provocar a agressão.
Onde procurar ajuda
Araguaína e região: 3411-7418
Gurupi: 3315-3409 e 99241-7684
Palmas: 3218-1615 e 3218-6771
Porto Nacional: 3363-8626
Araguaína: 3411-7310/ 3411-7337
Palmas Centro: 3218-6878 / 3218-6831
Palmas Taquaralto: 3218-2404
Arraias: 3653-1905
Colinas: 3476-1738/ 3476-3051
Dianópolis: 3362-2480
Guaraí: 3464-2536
Gurupi: 3312-7270/ 3312-2291
Miracema: 3366-3171/ 3366-1786
Paraíso: 3361-2277/ 3361-2744
Porto Nacional: 3363-4509/ 3363-1682