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Dependência financeira e afetiva impedem mulheres de denunciarem violência doméstica

Esses e outros fatores ocasionam subnotificação desse tipo de violência.

Por Redação 557
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28/09/2020 16h44 - Atualizado há 3 anos
Mulher sendo agredida

Apesar de os registros de denúncias de violências contra mulher responderem por altos índices nas estatísticas, além de ser a principal causa de feminicídio no Brasil e no mundo, o que se nota ainda é a culpabilização da vítima e as relações de dependências emocionais e financeiras, mitos, preconceitos e comportamentos sexistas que levam a subnotificação desse tipo de violência de gênero.

Nesse sentido, a Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciju) esclareceu alguns comportamentos e motivos da relação da vítima e da família com o agressor que a impede de denunciar. O objetivo é sensibilizar e despertar na sociedade o comportamento de prevenção e de enfrentamento a esse crime, auxiliando a vítima a quebrar o ciclo da violência e buscar ajuda.

De acordo com a gerente de Políticas e Proteção às Mulheres da Seciju, Flávia Martins, a dependência é um dos fatores que encadeiam outros impedimentos para a quebra do ciclo de violência.

“A maioria das mulheres não denunciam seu agressor por ter uma grande dependência, tanto financeira como psicológica e emocional. Existe o medo de recomeçar e se manter sozinha, além de reconstruir a vida. Com isso, ela acaba se submetendo a viver com seu agressor mesmo sofrendo essas violências, mas é muito importante buscar ajuda profissional para conseguir se desvincular desse ciclo de violência em que vive e encontrar força em si mesma”, concluiu.

Motivos que levam a subnotificação

De acordo com o Instituto Maria da Penha, a mulher sofre vários tipos de violências, podendo ser física, moral, psicológica, sexual e patrimonial, praticadas de maneira isolada ou não.

Além disso, um balanço de 2019 da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) sobre violência contra mulher apresentado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, revelou que as agressões estão diretamente relacionadas aos companheiros, cônjuges e ex-companheiros das vítimas.

Esse retrato mostra que, por vezes, as vítimas não denunciam seus agressores por diversos fatores que vão desde o envolvimento emocional e a dependência financeira, especialmente quando há filhos, o que leva muitas mulheres a continuarem sendo vítimas de agressão; relacionamentos abusivos no quais as vítimas têm dificuldade de reconhecer determinadas posturas como agressivas, em especial quando não há violência física; e a falta de credibilidade dada às mulheres ao trazerem à tona a violência, consideradas muitas vezes a responsável por provocar a agressão.

Onde procurar ajuda

  • Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180
  • Defensoria Pública do Tocantins:

Araguaína e região: 3411-7418

Gurupi: 3315-3409 e 99241-7684

Palmas: 3218-1615 e 3218-6771

Porto Nacional: 3363-8626

  • Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher:

Araguaína: 3411-7310/ 3411-7337

Palmas Centro: 3218-6878 / 3218-6831

Palmas Taquaralto: 3218-2404

  • ·Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis:

Arraias: 3653-1905

Colinas: 3476-1738/ 3476-3051

Dianópolis: 3362-2480

Guaraí: 3464-2536

Gurupi: 3312-7270/ 3312-2291

Miracema: 3366-3171/ 3366-1786

Paraíso: 3361-2277/ 3361-2744

Porto Nacional: 3363-4509/ 3363-1682

  • Disque Direitos Humanos: 100
  • Ministério Público do Estado do Tocantins: 0800 – 646 – 5055
  • Política Militar: 190
  • Site do Ministério dos Direitos Humanos: ouvidoria.mdh.gov.br
  • O aplicativo de Direitos Humanos e o Site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) que podem ser acessados pelo WhatsApp e Telegram
  • Aplicativo Magazine Luiza

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(63) 3415-2769
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