Mpox no Brasil

Mpox: veja em mapas a distribuição de casos e mortes pelo Brasil

Apesar do aumento no número de casos em 2024, o Brasil não registrou nenhuma morte por mpox este ano até o final de agosto.

Por Nicole Almeida
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03/09/2024 18h03 - Atualizado há 1 semana
Mpox: veja em mapas a distribuição de casos e mortes pelo Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a declarar a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em agosto de 2024. Essa decisão reflete a preocupação crescente com a disseminação global da doença, anteriormente conhecida como "varíola dos macacos", especialmente após a identificação de uma nova variante do vírus. No Brasil, o risco associado ao surto atual é considerado baixo, mas o país já notificou 1024 casos em 2024, entre confirmados, prováveis e suspeitos.

Contexto global e nacional da Mpox

A OMS já havia declarado a mpox como uma emergência internacional em julho de 2022, quando a doença começou a se espalhar rapidamente em várias regiões do mundo. No entanto, a situação voltou a chamar atenção em 2024 devido ao surgimento de uma nova variante, conhecida como Clado 1b. Essa variante é mais transmissível e tem causado um aumento na mortalidade, principalmente em crianças na África Central. Apesar dessas preocupações, no Brasil, ainda não foi registrado nenhum caso dessa nova variante.

Distribuição dos casos de Mpox no Brasil

Desde o início de 2024, o Brasil registrou 1024 casos de mpox, distribuídos entre casos confirmados, prováveis e suspeitos. A maior parte desses casos foi registrada na região Sudeste, que concentra 81,6% do total, com destaque para o estado de São Paulo, que sozinho responde por 430 casos (51,5%). Além de São Paulo, outros estados que têm se destacado pelo número de casos são Rio de Janeiro, com 194 (23,2%), Minas Gerais, com 50 (6%) e Bahia, com 35 (4,2%).

Apesar do número expressivo de casos na região Sudeste, alguns estados brasileiros, como Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão e Piauí, não reportaram nenhum caso confirmado ou provável de mpox em 2024. A distribuição desigual da doença pelo país reflete não apenas fatores geográficos, mas também diferenças nas capacidades de vigilância e diagnóstico.

Casos confirmados ou prováveis de mpox em 2022 e 2023

Entre as cidades brasileiras, São Paulo lidera com 322 casos, o que representa 38,5% do total nacional. Em seguida, vêm Rio de Janeiro, com 177 casos (21,2%), Belo Horizonte, com 43 casos (5,1%), Salvador, com 30 casos (3,6%), e Brasília, com 17 casos (2%). Esses dados mostram uma concentração significativa de casos em grandes centros urbanos, onde a densidade populacional e as dinâmicas de mobilidade podem facilitar a disseminação do vírus.

No momento, São Paulo também concentra a maior parte dos casos suspeitos de mpox no país, com 73 dos 188 casos ainda em investigação. Isso reforça a necessidade contínua de monitoramento e prevenção, especialmente em áreas mais afetadas.

Casos confirmados ou prováveis de mpox em 2024

Segundo UF de residência.

Número de mortes por Mpox no Brasil

Apesar do aumento no número de casos em 2024, o Brasil não registrou nenhuma morte por mpox este ano até o final de agosto. O último óbito pela doença no país ocorreu em abril de 2023. Durante o pico da epidemia em 2022, foram registradas 14 mortes, enquanto em 2023 esse número caiu para dois óbitos. Esses dados sugerem uma melhora na resposta à doença e no tratamento dos casos graves, mas a vigilância contínua é essencial para prevenir novas mortes.

Reflexões finais sobre a Mpox no Brasil

A situação da mpox no Brasil em 2024, embora sob controle em comparação a anos anteriores, ainda exige atenção. A reclassificação da doença como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS deve ser um alerta para reforçar as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento em todo o país. A distribuição desigual dos casos entre as regiões e cidades brasileiras também destaca a importância de políticas de saúde pública adaptadas às realidades locais.

Fonte: G1

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