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Conheça o primeiro robô controlado por um cérebro artificial

O primeiro robô controlado por um cérebro artificial constituído de células cerebrais humanas.

Por Nicole Almeida
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25/07/2024 20h11 - Atualizado há 4 meses
Conheça o primeiro robô controlado por um cérebro artificial

O primeiro robô controlado por um cérebro artificial é uma inovação que mistura surpresa e curiosidade. Pesquisadores da Universidade de Tianjin, na China, criaram um robô movido por células cerebrais humanas, cultivadas em laboratório e inseridas em uma estrutura semelhante a um cérebro de brinquedo. Essa tecnologia, conhecida como biocomputação, tem sido estudada há algum tempo, apesar de ainda não ser amplamente conhecida.

O que é biocomputação?

Biocomputação é um campo emergente que utiliza células biológicas para realizar cálculos e processar informações. No caso do primeiro robô controlado por um cérebro artificial, células-tronco foram cultivadas em um chip para criar um tecido cerebral. Essas células são então estimuladas por sinais elétricos enviados por um computador, aos quais elas respondem tentando entender e reagir a esses sinais. Com isso, os cientistas conseguiram não apenas movimentar o robô, mas também fazê-lo evitar obstáculos e realizar tarefas como rastreamento de alvos e manipulação de objetos, tudo sem a necessidade de olhos ou câmeras, apenas através de sinais elétricos e sensoriais.

Potencial médico da biocomputação

Além das aplicações em robótica, essa tecnologia tem um grande potencial na medicina. Os cientistas acreditam que o cérebro artificial pode ser usado para reparar danos ao córtex cerebral humano, oferecendo novas técnicas de cura neurológica. Esse avanço pode ser revolucionário para tratamentos de lesões cerebrais e outras condições neurológicas.

A biocomputação também tem um histórico interessante. Um projeto anterior, chamado DishBrain, realizado na Universidade Monash, na Austrália, envolveu o cultivo de aproximadamente 800.000 células cerebrais em um chip. Esse sistema aprendeu a jogar o clássico videogame Pong em apenas cinco minutos, o que levou a um financiamento pelo exército australiano e à criação da empresa Cortical Labs.

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Questões éticas em torno do cérebro artificial

A utilização de células humanas em biocomputação levanta várias questões éticas que ainda não foram amplamente discutidas, em grande parte devido à pouca divulgação dessa tecnologia. Algumas das principais preocupações incluem a possibilidade de essas células cultivadas em laboratório desenvolverem algum tipo de consciência e os limites éticos que os cientistas devem respeitar ao lidar com esse tipo de material. A distinção entre a biocomputação e a inteligência artificial tradicional também é um ponto de debate.

Embora o cérebro desenvolvido pelos pesquisadores chineses não seja o cérebro rosa tradicionalmente representado na cultura popular, mas sim uma placa coberta, a discussão ética não se torna menos relevante. As implicações dessa tecnologia ainda precisam ser exploradas e compreendidas.

Reflexões sobre a biocomputação

O avanço da biocomputação e a criação do primeiro robô controlado por um cérebro artificial são marcos importantes no campo da ciência e da tecnologia. No entanto, é crucial que essas inovações sejam acompanhadas de discussões éticas e regulatórias para garantir que sejam utilizadas de maneira responsável e segura. A complexidade e o potencial dessas tecnologias exigem um entendimento profundo e uma consideração cuidadosa de suas implicações.

Fonte: New Atlas

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