Alberto Rocha //Opinião Confesso que me causa náusea quando vejo políticos sem vergonhas tentando vender os evangélicos num pacote só, como se o povo de Deus fosse uma cambada de ovelhas presas num curral em pleno deserto do Sinai, prontas para o comércio, dependendo da oferta.
Sou evangélico, da igreja Batista. Eu como muitos outros irmãos na fé, de outras igrejas, não concordamos com a postura de políticos que se acham donos do nosso voto. O voto do evangélico não tem dono, nem preço, somos livres, não vivemos dentro de curral; já fomos libertos do Egito. Moramos na Canaã.
Mais uma vez eu peço a esses políticos caras-de-pau: Pelo amor de Deus, pelo sangue do Cordeiro, pela Ressurreição, na hora de negociar suas alianças políticas, não me vendam no mesmo pacote.
Nenhum político está autorizado a falar em meu nome, como evangélico, na hora de negociar candidaturas. Mais uma vez eu repito: sou evangélico, mas não estou à venda, pois alguém há muito tempo já me comprou e por um preço muito alto, que foi o precioso sangue de Cristo. A Ele pertenço, por isso não tentem me vender nessas feiras corruptas da política.
Políticos que se acham donos dos votos dos crentes, tomem vergonha, não tentem negociar o que não lhes pertence. O inferno está cheio de políticos que vendem crentes e de crentes que se vendem.
Alberto Rocha é jornalista em Araguaína, teólogo, psicanalista e pós-graduado em educação.