Oposição e situação concordam sobre auditoria no Crédito Educativo, mas defendem direitos de estudantes contemplados

Por Redação AF
04/03/2013 15h30 - Atualizado há 5 anos

<div style="text-align: justify;"> Da Redação Antes mesmo de serem enviadas à Câmara, as mudanças propostas pelo prefeito Ronaldo Dimas (PR) no Programa Crédito Educativo já gerou discursos acalorados por parte de estudantes e parlamentares tanto de oposição quanto de situação, na sessão dessa segunda-feira (04). Com medo de que essas mudanças prejudiquem ou até mesmo impossibilitem que muitos estudantes concluam o ensino superior, pais de alunos estiveram na Câmara para pedir o apoio dos parlamentares na solução pacífica do conflito. De acordo com o líder do prefeito, Terciliano Gomes (PV), o TCE já recomendou que seja realizada uma autoria no programa para verificar quais beneficiários não se enquadram nas normas para concessão das bolsas.  O parlamentar também foi incisivo ao questionar porque o ITPAC não concede bolsas do FIES e assegurou que irá priorizar o benefício dos estudantes. “Se vir um projeto que beneficie os estudantes já antecipo meu voto favorável, caso contrário já antecipo também meu voto, mas desfavorável”, garantiu. Segundo a vereadora de oposição Silvinia Pires (PT), o Crédito Educativo favorece muito a educação do município em todos os níveis e declarou que os estudantes não aguentam mais o desgaste psicológico ocasionado pelo impasse. “Não podemos resolver um problema criando outro”, afirmou. Silvinia ainda defendeu que os universitários tenham seus direitos assegurados até a conclusão do curso superior. “Que essas mudanças, caso sejam implantadas, passem a valer apenas para os novos beneficiários”, defendeu. A parlamentar defendeu também a realização de auditoria no Crédito Educativo, mas se posicionou contrária à suspensão do programa. “Não podemos barrar para depois avaliar. Como podemos tirar direitos adquiridos desses estudantes alegando problemas de gestões passadas. Não aguentamos mais essa justificativa. Se houver mudanças no crédito educativo, os estudantes beneficiados devem permanecer por justiça e dignidade”, finalizou. Comissão Seguindo sugestão do parlamentar Divino Bethânia (PSD), uma Comissão será formada por dois vereadores, estudantes, pais e representantes das Instituições de Ensino Superior que se reunirá com o prefeito para discutir uma solução para o impasse. Movimento estudantil Além de estudantes, os debates foram acompanhados por líderes do movimento estudantil como Deickson do Itpac, Angiledson Alencar e Isaias Neto.  Conforme a proposta do executivo, a prefeitura deverá arcar agora apenas com 30% do benefício, o restante ficará por conta das Instituições. De acordo com Isaias Neto, todos os problemas de déficits orçamentários no Programa Crédito Educativo decorrem de interesses políticos na distribuição de bolsas. “Ultrapassaram o limite na concessão de bolsas em função de interesses políticos. É possível que tenha havido inclusive atos secretos nesses processos para beneficiar pessoas determinadas”, criticou. De acordo com a prefeitura, o programa já liberou bolsas que somam um total de R$ 6,9 milhões.  Ainda segundo a prefeitura,  foram liberados a mais que o permitido cerca de R$ 4,1 milhões. Conforme Isaias Neto, há uma injustiça sendo implantada em Araguaína. O líder estudantil disse ainda que Ronaldo Dimas está sendo inconsequente. “O prefeito tá sendo inconsequente em suas atitudes e já teve inclusive que rever decreto”, afirmou. Isaias defendeu ainda o Crédito Educativo afirmando que é uma das poucas coisas boas implantadas em Araguaína pelo poder público. “É uma das poucas coisas úteis que a prefeitura faz”, finalizou. O líder do prefeito Terciliano Gomes (PV) ficou responsável para marcar uma reunião entre o prefeito Ronaldo Dimas e a Comissão instituída para solucionar o impasse no Programa Crédito Educativo.</div>

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