Com muitos empréstimos e poucas obras, Siqueira Campos corre risco de deixar Estado endividado

Por Redação AF
08/03/2013 10h35 - Atualizado há 5 anos

<div style="text-align: justify;"> Arnaldo Filho Portal AF Notícias Em pouco mais de dois anos de gestão o Governador Siqueira Campos (PSDB) já contraiu empréstimos nacionais e internacionais que superam a casa dos bilhões, em reais, sob a alegação de se fazer grandes investimentos no Estado, coisas que efetivamente ainda não aconteceram. Nesta última quarta-feira, 6 de março, os deputados estaduais autorizaram mais empréstimos que garantem financiamentos de R$ 730 milhões, segundo o governo, para infraestrutura. O projeto de lei nº 1, de 7 de fevereiro de 2013, autoriza a contratação de financiamento de até R$ 650 milhões junto ao Banco do Brasil. Já projeto de lei nº 2, de 8 de fevereiro de 2013 autoriza o Governo a contratar operação de crédito externo, no valor de US$ 41.039.696,27 (cerca de R$ 80,8 milhões) com o Export Development Canada(EDC). Neste, os recursos se destinam a custear 85% de um projeto de prevenção e combate a incêndios bem como de combate a crimes contra o meio ambiente. Em outra ocasião, Siqueira Campos assinou em Londres (Inglaterra) contrato de financiamento com dois bancos internacionais no valor de US$ 168 milhões para serem investidos em obras de infraestrutura rodoviária, segundo o governo. Conforme o contrato firmado com os bancos Bilbao Vizcaya Argentaria S.A. e Deutsche Bank, o empréstimo é de US$ 143 milhões, com US$ 25 milhões de contrapartida do Estado. O governo também pegou um financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 553 milhões, voltado a implementação de programas de desenvolvimento integrado constantes no Plano Plurianual de investimentos do Estado para o período 2012/2015. O financiamento tem prazo total de 240 meses, ou seja, 20 anos. O passado Quando Siqueira assumiu o governo em 2010 afirmou que Carlos Gaguim e marcelo Miranda tinham deixado o Estado endividado, cerca de R$ 600 milhões. Com essa alegação, passaram-se quase dois anos culpando a gestão passada pela falta de melhorias e investimentos. O tempo passou e o argumento já não serve mais. Sabemos que se bem aplicados, esses recursos provenientes de empréstimos serão muito importantes para o crescimento e desenvolvimento do Tocantins, mas, infelizmente, o Brasil tem uma cultura de corrupção que não permite a aplicação integral do dinheiro público na promoção do bem comum em detrimento do bem político-partidário/individual. Tomara que não seja esse o fim de cerca de 1,5 bilhão de reais. No entanto, diante dessa insegurança, corremos o sério risco de que parcela desses recursos financie até mesmo promoção pessoal visando as eleições 2014, ou que não sejam aplicados conforme os projetos. Assim teremos um Estado falido e gestões futuras comprometidas, sob a mesma alegação feita por Siqueira Campos no início do governo. Fato é que dois anos se passaram e há muitas promessas não cumpridas, a exemplo do Hospital Geral de Araguaína. E, falta de recursos, já não se pode mais alegar.</div>

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