<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>Opinião</em><br /> <br /> Com o início do julgamento de várias Ações que tramitam no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/TO) o quadro político tocantinense deve sofrer algumas alterações que vão desde a composição da Assembleia Legislativa até a escolha dos nomes que irão disputar as eleições 2014 para Governo do Estado.<br /> <br /> <u><strong>Deputados estaduais</strong></u><br /> <br /> Em relação aos deputados estaduais, além de Raimundo Palito (PEN), que o TRE já decidiu pela cassação e inelegibilidade por oito anos, as deputadas Solange Dualibe (PT), de Palmas, e Amália Santana (PT), de Colinas, correm o risco de serem obrigadas a trilhar o mesmo caminho do deputado araguainense. Fato é que o julgamento foi adiado nesta semana e será retomado na próxima, contudo, alguns magistrados já se posicionaram também pela cassação das parlamentares.<br /> <br /> No caso do deputado araguainense Raimundo Palito, quem deve assumir sua vaga é o primeiro suplente da coligação Jorge Frederico (PSD), que de fato já estava na Assembleia com a saída do deputado para a Secretaria Extraordinária de Assuntos Legislativos.<br /> <br /> Já no caso das parlamentares, caso sejam cassadas, abrirá espaço para dois suplentes que obtiveram nas eleições 2010 menos de 6 mil votos cada um. São eles Ivan Vaqueiro (5.939 votos) e Bismarque do Movimento (5.810 votos).<br /> <br /> Ainda no caso de Araguaína, a permanência definitiva de Jorge Frederico no Legislativo estadual também faz com que outro nome fique em evidência para possivelmente assumir uma vaga no parlamento. É o caso do secretário de Habitação de Araguaína e ex-presidente da Câmara, Elenil da Penha (PMDB), que ficou como 3º suplente nas eleições 2010 com 10.736 votos.<br /> <br /> O segundo suplente é Ricardo Ayres, e também aguarda surgir uma vaga na AL.<br /> <br /> A inelegibilidade de Raimundo Palito ainda tem reflexos em outros nomes que devem surgir no cenário estadual. Não podendo ser candidato em 2014, Palito terá que investir em alguém caso queira manter-se no poder e, esse nome, há enorme probabilidade de ser o do atual presidente da Câmara de Araguaína, Marcus Marcelo (PR). <br /> <br /> <u><strong>Cenário para Governo</strong></u><br /> <br /> No jogo político tudo leva a crer que o resultado dessa decisão do TRE tenha servido para alimentar o ego do pré-candidato ao governo Eduardo Siqueira Campos. Vejamos que na Assembleia não haverá nenhuma alteração na base de sustentação já que Jorge e Palito são governistas; o próprio Palito, mesmo cassado permanecerá na Secretaria, contudo, esse resultado provocou mais danos à oposição do que ao governo.<br /> <br /> Caso Palito fosse absolvido, os magistrados não teriam argumentos para condenar os ex-governadores Carlos Gaguim e Marcelo Miranda; com a condenação, fica parecendo que o governo está cortando na própria carne, porém está apenas trocando dois por um. Com a inelegibilidade até 2018 de todos eles, Eduardo Siqueira acredita que terá uma eleição mais tranquila e, caso saia vitorioso, Raimundo Palito será agraciado pelos próximos seis anos com uma secretaria. Após isso, Palito poderá novamente voltar a candidatar-se.<br /> <br /> Já Gaguim e Marcelo pouco vão atrapalhar os planos governistas estando inelegíveis.<br /> <br /> Esse é o cenário que se desenha.</span></div>