MPF busca soluções para problemas do Hospital Regional de Araguaína

Por Redação AF
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12/08/2013 14h13 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">A procuradora da Rep&uacute;blica em Aragua&iacute;na, Aldirla Pereira de Albuquerque, reuniu-se com o diretor do Hospital Regional de Aragua&iacute;na, Kaio F&aacute;bio Azevedo Diniz, para debater poss&iacute;veis solu&ccedil;&otilde;es para os problemas apresentados pela unidade de sa&uacute;de.<br /> <br /> A reuni&atilde;o &eacute; consequ&ecirc;ncia de inqu&eacute;rito civil p&uacute;blico (ICP) instaurado na PRM-Aragua&iacute;na que trata da inefici&ecirc;ncia no atendimento ambulatorial na especialidade otorrinolaringologia. Tamb&eacute;m tramita na PRM-Aragua&iacute;na pe&ccedil;a de informa&ccedil;&atilde;o (PI) contendo representa&ccedil;&atilde;o de cidad&atilde; que alega aus&ecirc;ncia de material para o tratamento de neoplasia maligna, dentre eles agulha para pun&ccedil;&atilde;o de cateter.<br /> <br /> Dos quatro especialistas em otorrinolaringologia contratados pelo estado, somente dois atendem consultas no ambulat&oacute;rio, os demais somente no sistema de sobreaviso. O diretor n&atilde;o soube precisar quantas horas semanais os m&eacute;dicos dispensam ao atendimento ambulatorial nem quanto tempo em m&eacute;dia demora a marca&ccedil;&atilde;o de consultas.<br /> <br /> Segundo o diretor, na mesma situa&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos especialistas em otorrinolaringologia est&atilde;o tamb&eacute;m os oftalmologistas, pois os quatro especialistas lotados no hospital s&oacute; trabalham no sistema de sobreaviso. Os oftalmos n&atilde;o atendem no ambulat&oacute;rio por falta de espa&ccedil;o, pois s&oacute; existem oito salas dispon&iacute;veis. Outro fator que compromete o atendimento &eacute; a duplicidade de pactua&ccedil;&otilde;es. <em>&ldquo;Existem dificuldades em definir a obriga&ccedil;&atilde;o do estado e do munic&iacute;pio para os atendimentos, o que faz com que o Hospital Regional atenda n&atilde;o somente casos complexos, mas tamb&eacute;m a mais simples enfermidade&rdquo;</em>, disse o diretor.<br /> <br /> O m&eacute;dico diretor afirmou que boa parte dos problemas relativos &agrave; marca&ccedil;&atilde;o de cirurgias e consultas se deve &agrave; m&aacute; gest&atilde;o dos munic&iacute;pios, o que sobrecarrega a unidade de sa&uacute;de com demandas que poderiam ser solucionadas nas redes de sa&uacute;de municipais da regi&atilde;o. Desta forma, o Hospital Regional presta atendimentos de pequena, m&eacute;dia e alta complexidade, o que dificulta o bom atendimento aos casos de alta complexidade.<br /> <br /> <u><strong>Quimioterapia&nbsp;</strong></u><br /> <br /> Quanto &agrave; representa&ccedil;&atilde;o da cidad&atilde;, Kaio F&aacute;bio afirmou que recentemente chegaram as agulhas de pun&ccedil;&atilde;o de cateter para quimioterapia, cuja falta inviabilizava o trabalho. Segundo o diretor, o hospital est&aacute; respeitando o prazo legal de 60 dias tanto para a quimioterapia quanto para radioterapia no tratamento para a neoplasia maligna. O m&eacute;dico diretor n&atilde;o soube responder se h&aacute; atrasos na realiza&ccedil;&atilde;o de&nbsp; cirurgia oncol&oacute;gica.<br /> <br /> <u><strong>Falta de espa&ccedil;o f&iacute;sico</strong></u><br /> <br /> O Hospital Regional disp&otilde;e de atendimento de emerg&ecirc;ncia, urg&ecirc;ncia, ambulatorial e de cirurgia eletiva, e o maior problema enfrentado &eacute; a falta de espa&ccedil;o f&iacute;sico. Atualmente, est&atilde;o dispon&iacute;veis 212 leitos e 20 vagas na UTI (uma delas usada para hemodialise de urg&ecirc;ncia). Segundo o diretor, para atender a demanda atual seriam necess&aacute;rios mais 60 leitos. O servi&ccedil;o de hemodi&aacute;lise &eacute; terceirizado, realizado no Instituto de Doen&ccedil;as Renais, com cerca de 18 m&aacute;quinas. Atualmente o hospital tem 18 pacientes internados fazendo hemodialise em apenas uma m&aacute;quina que fica na UTI. O anexo do ambulat&oacute;rio tem somente oito salas, o que causa choque de hor&aacute;rios entre os m&eacute;dicos e impossibilita mais atendimentos.<br /> <br /> <u><strong>Prazo de 10 dias</strong></u><br /> <br /> O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal concedeu o prazo de dez dias para que o diretor da unidade de sa&uacute;de responda os questionamentos que ficaram em aberto e encaminhe planilha de atendimento ambulatorial e no pronto socorro dos especialistas em&nbsp; otorrinolaringologia, especificando quais as patologias que podem levar ao atendimento de emerg&ecirc;ncia nessa especialidade. Com a resposta, o MPF ira tomar as provid&ecirc;ncias para regularizar o atendimento ambulatorial, bem como a aus&ecirc;ncia de leitos que compromete todo o atendimento, reunindo-se com as secretarias de Sa&uacute;de do estado e munic&iacute;pio.<br /> <br /> &ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o tem direito a uma presta&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de digna, e a Uni&atilde;o, o Estado do Tocantins e o Munic&iacute;pio de Aragua&iacute;na t&ecirc;m o dever de prest&aacute;-la&rdquo;, considera a procuradora Audirla Albuquerque.</span></div>
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