A Superlua Azul está prestes a iluminar o céu noturno do Espírito Santo na noite desta segunda-feira (19). O fenômeno, que ocorre quando a lua cheia atinge o perigeu – ponto de maior proximidade da Terra – traz uma impressão espetacular de que o nosso satélite natural está maior do que o normal. O fenômeno poderá ser visto de qualquer região do estado, mas o auge do espetáculo será nesta segunda-feira, com a lua gigante continuando visível até quarta-feira (21).

O que é a Superlua Azul?

A Superlua Azul acontece quando a lua cheia coincide com o perigeu, que é quando a lua está a uma distância menor da Terra, fazendo com que pareça maior e mais brilhante. Apesar de o nome "lua azul" sugerir uma mudança na coloração, ela não fica realmente azul. O termo tem origem cultural, ligado à tradição em países como os Estados Unidos, onde as luas recebem nomes baseados em fenômenos da natureza, como plantas ou animais. Segundo Messias Celovani, coordenador do Gaturamo Observatório Astronômico da Ufes, a lua estará a cerca de 360.000 km da Terra no início da noite, comparado aos mais de 400.000 km que costuma estar, resultando em uma visão impressionante.

Onde é o melhor local para ver a Superlua Azul?

Segundo especialistas, o melhor local para observar a Superlua Azul é em um espaço com horizonte aberto, como praias ou campos, longe de intervenções visuais. No Espírito Santo, alguns locais específicos estarão disponíveis para observação pública. O Mirante do Parque da Fonte Grande, por exemplo, estará aberto para visitação gratuita entre 17h e 20h30, oferecendo uma excelente oportunidade para admirar o fenômeno. Outra opção é o Observatório da Ufes, que estará aberto a partir das 18h30 para quem quiser observar a lua por telescópios, guiados por físicos.

Por que o nome Lua Azul?

A Superlua Azul é conhecida assim por ser a segunda lua cheia dentro do mesmo mês ou a terceira de uma estação. Embora atualmente o nome esteja ligado a esse calendário, houve ocasiões em que a lua realmente parecia azul. A NASA relata que, em 1883, a erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, liberou cinzas que permaneceram na atmosfera por anos, causando uma coloração azulada na lua. Em 1951, incêndios florestais no Canadá também trouxeram uma coloração semelhante ao satélite natural.

O que você pode esperar ao ver a Superlua?

A Superlua Azul é uma oportunidade única de ver a lua com mais detalhes, especialmente suas crateras e relevo. Como aponta o coordenador Celovani, a lua estará em uma posição alta no céu a partir das 18h30, momento ideal para apreciá-la em sua plenitude. Ainda que o auge seja nesta segunda-feira, a lua permanecerá visível até quarta-feira (21), quando começará a fase minguante.

Como surgem os nomes das luas?

As luas cheias recebem diferentes nomes em diversas culturas. Por exemplo, a Lua de Morango, observada em junho, se refere à época de colheita da fruta pelas tribos indígenas dos Estados Unidos. Outros nomes incluem a Lua Rosa, ligada à flor Phlox que floresce na primavera, e a Lua de Cervos, que aparece em julho, quando as galhadas dos cervos começam a crescer novamente.

Cada nome carrega um significado relacionado a ciclos naturais e fenômenos sazonais. A Superlua Azul, por exemplo, embora não ocorra todos os anos, é um evento raro e culturalmente carregado, oferecendo uma bela visão que faz qualquer observador pensar sobre a vasta conexão entre a Terra e a lua.

Perguntas frequentes sobre a Superlua

1. O que causa o aumento da lua durante a Superlua?
A Superlua ocorre devido à proximidade da lua com a Terra no ponto de perigeu, o que faz com que ela pareça maior e mais brilhante no céu.

2. A lua realmente fica azul durante a Superlua Azul?
Não. O nome "Lua Azul" é mais cultural do que literal. Em raras ocasiões, como após grandes erupções vulcânicas ou incêndios florestais, a lua pode parecer azul devido à presença de partículas na atmosfera.

3. Qual é o melhor horário para ver a Superlua?
A partir das 18h30 desta segunda-feira (19), quando a lua já estará em uma posição ideal para ser observada em sua totalidade.

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Fonte: G1