52% dos municípios do Brasil não controla serviço de água e esgoto

Por Redação AF
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19/08/2013 10h23 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Carlos Madeiro</u><br /> <em>Do UOL</em></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Mais da metade dos munic&iacute;pios brasileiros n&atilde;o controla os servi&ccedil;os de abastecimento de &aacute;gua tratada e saneamento b&aacute;sico oferecidos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; da pesquisa &quot;Saneamento B&aacute;sico &ndash; Regula&ccedil;&atilde;o 2013&quot;, lan&ccedil;ada nesta segunda-feira (19) durante o 8&ordm; Congresso da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira das Ag&ecirc;ncias de Regula&ccedil;&atilde;o (Abar), que acontece em Fortaleza.<br /> <br /> Das 5.570 cidades do pa&iacute;s, apenas 2.716 possuem regula&ccedil;&atilde;o -- o que corresponde a 48% do total. Regula&ccedil;&atilde;o &eacute; o nome dado a atividades de fiscaliza&ccedil;&atilde;o e acompanhamento da qualidade dos servi&ccedil;os de &aacute;gua e esgoto e de defini&ccedil;&atilde;o de regras para os reajustes de tarifas.<br /> <br /> Criadas por meio de leis, as ag&ecirc;ncias reguladoras devem regular os servi&ccedil;os essenciais prestados por empresas p&uacute;blicas, de capital misto ou privado. Elas devem ter autonomia financeira e decis&oacute;ria e ser livres de interesses pol&iacute;ticos. Muitos munic&iacute;pios preferem fazer parcerias para garantir a regula&ccedil;&atilde;o, em vez de criarem &oacute;rg&atilde;os pr&oacute;prios.<br /> <br /> &quot;Quando n&atilde;o h&aacute; ag&ecirc;ncia regulando, a empresa prestadora do servi&ccedil;o fica livre para fazer como quer. A ag&ecirc;ncia surge para cobrar que haja equil&iacute;brio na tarifa, zelo pela qualidade do servi&ccedil;o e cumprimento das metas estabelecidas&quot;, disse o presidente do instituto Trata Brasil, Edson Carlos.<br /> <br /> A pesquisa mostra que essas ag&ecirc;ncias aplicaram 1.181 penalidades &agrave;s empresas no &uacute;ltimo ano, sendo 89% apenas advert&ecirc;ncias. Segundo o coordenador da pesquisa, Alceu Galv&atilde;o, o ritmo de crescimento da regula&ccedil;&atilde;o &ndash; de 18% ao ano-- &eacute; &quot;lento, mas tem sido consistente&quot;.<br /> <br /> <u><strong>Mais por menos</strong></u><br /> <br /> O percentual de munic&iacute;pios que v&ecirc;m adotando a regula&ccedil;&atilde;o cresce a cada ano, conforme aponta a pesquisa. Em 2011, esse &iacute;ndice n&atilde;o passava de 34% do total, saltando para 41% no levantamento do ano passado e a 48% no deste ano.<br /> <br /> Para o professor de mestrado em gest&atilde;o internacional da ESPM (escola Superior de Propaganda e Marketing) e s&oacute;cio da Pezco Microanalysis, Frederico Turolla, esse n&uacute;mero ainda est&aacute; &quot;muito aqu&eacute;m do desej&aacute;vel&quot;.<br /> <br /> &quot;A regula&ccedil;&atilde;o &eacute; a principal for&ccedil;a para efici&ecirc;ncia e prote&ccedil;&atilde;o do consumidor. Al&eacute;m de fiscalizar e controlar, a ag&ecirc;ncia cria est&iacute;mulos para o prestador fazer mais com menos, o que &eacute; fundamental&quot;, disse.<br /> <br /> Segundo Turolla, um dos motivos para que a regula&ccedil;&atilde;o do saneamento ainda n&atilde;o chegue &agrave; metade dos munic&iacute;pios &eacute; a forma como o setor &eacute; definido no Brasil.<br /> <br /> &quot;Ao contr&aacute;rio da energia e telefonia, com titularidade da Uni&atilde;o, o titular do saneamento &eacute; o munic&iacute;pio. Isso leva a termos milhares de titulares, respons&aacute;veis pela regula&ccedil;&atilde;o --e nem todos se conscientizaram&quot;, disse.</span></div>
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