<span style="font-size:14px;">A crise na rede pública de saúde em Araguaína foi pauta de uma reunião na sede das Promotorias de Justiça entre a Promotora Araína Cesárea D'Alessandro; o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio da Silva Ferreira; representantes dos conselhos de saúde do Estado e do Município, diretores do Hospital Regional de Araguaína e técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).<br /> <br /> Foram mais de quatro horas de reunião e mais de 10 assuntos discutidos, de uma pauta elaborada pela Promotora de Justiça Araína Cesárea. Para cada item, a Sesau apresentou um posicionamento e assumiu compromissos de enfrentamento dos problemas, sendo especificados os prazos em que cada providência tomada deve vir a ser informadas à 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Na última quinta-feita, (14), a Promotora de Justiça Araína Cesárea D'Alessandro e os representantes da saúde dicutiram o</span><span style="font-size:14px;">s problemas enfrentados pelos usuários do serviços público de saúde em Araguaína.<br /> <br /> <u><strong>Radioterapia</strong></u><br /> <br /> O primeiro ponto debatido foram as interrupções dos serviços de radioterapia do Hospital Regional de Araguaína (HRA) devido às constantes quebras do equipamento, fato que já é alvo de uma ação civil pública.<br /> <br /> Segundo a diretora-geral do HRA, Jane Augusto Gonçalves, o único equipamento, que atende todo o Tocantins e pacientes do Pará e Maranhão, costuma danificar-se pela alta frequência de uso: são atendidos 85 pacientes/dia, quando o indicado pelo fabricante seriam entre 35 e 45.<br /> <br /> Ainda segundo ela, a manutenção não vem sendo feita a contento. Indagada pelo Ministério Público Estadual, a diretora-geral informou que, neste ano de 2014, o equipamento ficou quebrado por cerca de dois meses e meio.<br /> <br /> Como solução, a Sesau assumiu o compromisso instalar o acelerador linear do HRA, devendo manter o MPE informado quanto ao andamento da segunda licitação para a instalação do equipamento, já que a primeira não teve fornecedores interessados. Também comprometeu-se a adquirir um segundo acelerador linear.<br /> <br /> <u><strong>Tomógrafo</strong></u><br /> <br /> O tomógrafo do HRA, quebrado há aproximadamente três anos, também entrou na discussão. A Sesau argumentou que, nas duas licitações que visaram seu conserto, uma vez não houve interessados e na outra os requisitos não foram preenchidos. Agora, comprometeu-se, contratará uma empresa para conserto mediante dispensa de licitação, no prazo de 60 dias.<br /> <br /> <u><strong>UTI pediátrica</strong></u><br /> <br /> Quanto à ausência de UTI pedriátrica no município, cuja instalação já foi determinada pela Justiça a pedido do MPE, deliberou-se que, no prazo de 30 dias, a Sesau informará quais as providências tomadas para o cumprimento da decisão judicial, inclusive no que se refere à contratação dos profissionais necessários.<br /> <br /> <u><strong>Controle de horários</strong></u><br /> <br /> A Promotora de Justiça cobrou ainda o cumprimento de recomendação do Ministério Público Estadual, quanto ao controle da carga horária dos profissionais do Hospital Regional de Araguaína, por meio de ponto e catraca eletrônica. Nesse sentido, a Sesau comprometeu-se a publicar, em 30 dias, portaria regulamentando esse controle.<br /> <br /> <u><strong>Outros assuntos</strong></u><br /> <br /> Também entrou em pauta a situação crítica do estoque de medicamentos e insumos do Hospital, constatada pelo MPE (comprometendo-se a Sesau a adotar providências em cinco dias), a necessidade de contratação de empresa de segurança para prestar serviço no HRA (devendo as providências da Sesau serem informadas ao MPE em 30 dias.<br /> <br /> Questionada também a instalação de novos leitos no HRA (o que deve ocorrer em em 15 dias, acompanhada da contratação de pessoal para dar andamento às cirurgias eletivas), a regulação dos leitos de UTI neonatal da Maternidade Dom Orione (que deve ser cumprida em 30 dias).<br /> <br /> E por fim também adentrou em pauta a qualidade na alimentação fornecida ao HRA (que já teria sido normalizada, porém o MPE questionou a Sesau sobre as providências que serão adotadas com relação aos dias em que o cardápio nutricional não foi seguido pelo fornecedor) e a elaboração de uma nova Programação Pactuada e Integrada (PPI).</span><br /> <br />