Medidas para amenizar crise

Coronavírus: Valderez quer que imobiliárias suspendam prestações de imóveis no Tocantins

O objetivo é beneficiar famílias carentes impactadas pela crise.

Por Redação 757
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22/04/2020 19h36 - Atualizado há 4 anos
Requerimento foi apresentado pela deputada Valderez Castelo Branco (PP)

A deputada estadual Valderez Castelo Branco (Progressistas) apresentou, nesta quarta-feira (22), um requerimento em que solicita às imobiliárias do Estado do Tocantins a suspensão por até 90 dias das prestações de financiamento de imóveis como casas, apartamentos e lotes para famílias tocantinenses em situação de vulnerabilidade devido à crise provocada pelo coronavírus. 

A parlamentar lembra que o governador Mauro Carlesse (DEM) decretou estado de calamidade pública em razão da pandemia de covid-19, por meio do Decreto n° 6.072, devido à grave crise de saúde pública, econômico-orçamentária e social. O texto foi aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa do Tocantins (Alto), no último dia 6 de abril.

Segundo a parlamentar, é preciso pensar em todas as instâncias, nos pais e mães de famílias afetados por essa crise. “Uma parcela da população vê-se atualmente impossibilitada de arcar com compromissos imobiliários, devido a inúmeros fatores como, por exemplo, a redução de receita familiar neste período”, declarou.

Dessa forma, a deputada ressalta que a suspensão por até 90 dias de prestações de financiamento de imóveis para famílias tocantinenses em situação de vulnerabilidade permitiria, assim, que as pessoas possam pagar contas prioritárias como alimentação e higiene.

O QUE DIZ O SETOR IMOBILIÁRIO

"A Associação das Empresas Loteadoras do Tocantins (AELO-TO) recebeu com temor o pedido de suspensão de pagamento das parcelas de imóveis, feito pela deputada Valderez Castelo Branco (Progressistas) ao Governo do Estado, nesta quarta-feira, 22. A AELO reúne mais de 50 empresas do setor privado, responsáveis por aproximadamente de 1.000 empregos diretos e mais de 1500 indiretos por meio de fornecedores e prestadores de serviços. 

Todas essas empresas vêm se esforçando para manter os empregos, salários e benefícios dos colaboradores e prestadores de serviços, sem reduções. Importante pontuar que as Loteadoras realizam a venda de forma facilitada com prazos longos, sem consulta de crédito e renda, dando oportunidade a milhares de famílias carentes de realizarem o sonho da casa própria. 

Por outro lado, realizam investimentos altíssimos com obras de infraestruturas, sendo que vários empreendimentos ainda estão obras, necessitando dos valores das parcelas para a continuidade dos serviços, além da manutenção de todos os empregados e prestadores envolvidos.

Importante ressaltar que a dificuldade financeira será experimentada por todos. A AELO se preocupa com o fato de o Poder Público ingressar em relações eminentemente privadas. 

Por isso, a AELO espera que, diante do exposto, a deputada reconsidere o Requerimento apresentado. A atividade econômica do setor imobiliário, já enfrenta grave crise desde 2015, não podendo ser alvo de mais medidas recessivas, sob pena de quebra estrutural do setor."

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