Durante sessão da Assembleia

Deputada do Maranhão sugere sessão do Dia da Família só com homens: 'mulher deve submissão'

Mical Silva Damasceno (PSD) já esteve envolvida em caso de intolerância religiosa.

Por Redação
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18/04/2024 08h38 - Atualizado há 1 semana
Deputada estadual Mical Damasceno, do Maranhão.

Notícias do Tocantins –  A deputada estadual do Maranhão Mical Silva Damasceno (PSD) recebeu críticas após sugerir, nesta quarta-feira (17/4), a realização de uma sessão solene apenas com homens para comemorar o Dia da Família, na Assembleia Legislativa. Ao justificar a proposta, a parlamentar alegou que "são eles quem mandam no ambiente familiar".

Nós comemoramos o Dia da Família em 15 de maio. E aí, veio uma ideia em meu coração, que eu acredito que seja divina, de nós fazermos uma sessão solene aqui, mas somente com homens para mostrar a toda sociedade que o cabeça da família é o homem", declarou durante sessão plenária realizada nesta quarta-feira (17/04).

Durante o discurso, Damasceno também criticou as mulheres que pedem por igualdade de gênero. "As feministas defendem que tenha-se direito de igualdade e querem estar sempre em uma guerra contra o homem", declarou em seu discurso. Ela afirmou ainda que a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale, também acreditava no o papel de submissão das mulheres por ser católica. As duas são do mesmo partido.

Em seguida, apontou para outra pessoa e afirmou: "A senhora como católica praticante sabe quem é o cabeça da família: o homem, assim como Cristo é a cabeça da igreja. Vai ser lindo pela glória do Senhor Jesus".

Após a sessão solene, a deputada estadual publicou um vídeo da fala nas redes sociais. Na postagem, ela voltou a defender a ideia sugerida.

Mical Silva Damasceno já esteve envolvida em um caso de intolerância religiosa em setembro de 2023. Damasceno discutiu com líderes de religiões de matriz africana durante uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para debater casos de racismo religioso. Ela fazia parte do grupo que foi acusado de atacar o terreiro de mina "Ilê Axé Oxum Ôpara".

Em 2022, Damasceno recebeu 52.123 votos e foi eleita para o seu segundo mandato na Assembleia Legislativado Maranhão. Defensora "da família e dos valores cristãos", a parlamentar, apoiadora declarada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou entre os dez deputados estaduais mais votados na ocasião.

 

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