O deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) participou da sessão desta terça-feira (18/10), da Assembleia Legislativa, e fez duras críticas ao Governo do Estado que prossegue contratando novas despesas de custeio enquanto os servidores públicos continuam em greve geral pelo não pagamento da data-base dos últimos dois anos. Eduardo está com licença médica em virtude de uma paralisia no lado esquerdo da face. Na sessão, Eduardo fez duras críticas ao governo. “
Não tem dinheiro para pagar a data-base, mas tem dinheiro para viagens a todo canto e tem dinheiro para contratar tendas para articulação institucional. Mas não me consta que essas tendas sejam para negociar com os servidores. Somadas as dispensas e adesões a atas, já vamos para mais de R$ 20 milhões em tendas, R$ 20 milhões em passagens e outros R$ 10 milhões em diárias, mas não tem dinheiro para negociar com os funcionários”, criticou Siqueira. Eduardo Siqueira disse que não poderia faltar à reunião e apresentar a emenda na LDO para assegurar os recursos para o pagamento das datas-bases de 2015, 2016 e 2017 e também para garantir os recursos para o Plansaúde.
“O que o Governo do Estado fez com o dinheiro dos servidores é apropriação indébita, ao descontar dos servidores e não repassar aos bancos e ao Plansaúde”, destacou. O deputado voltou a criticar os atrasos mensais no pagamento do salário dos servidores.
“Por mais que seja grave a crise, o pagamento dos servidores sempre aconteceu no dia primeiro”, disse.
Citado na Operação Ápia O deputado Eduardo Siqueira Campos também deu sua versão por ter seu nome citado após a deflagração da operação "Ápia", da Polícia Federal. O deputado reiterou que não recebeu recursos das empresas investigadas na operação e que na condição de candidato a deputado estadual, pode ter recebido material gráfico de campanha pago pelo comitê financeiro da campanha majoritária, o deputado disse que em todas as prestações de contas dos 14 deputados eleitos constam as mesmas informações.
“Eu não recebi um centavo dessas empresas. O recebimento de material estimado, em cartaz, é da Lei. O candidato a deputado em nada tem a ver com captação de recursos. É desonesto afirmar em contrário. Todos nós recebemos cartazes e banners dentro do que diz a lei”, criticou. O parlamentar rebateu afirmação que diz ter lido na imprensa de que a disputa eleitoral de 2014, seria parte de um projeto de “perpetuação no poder”.
“Ora, o que fez o senhor Governador na época, que tinha direito à reeleição? Abriu mão deste direito. Pensei em ser candidato a Governador, Senador e até a Câmara dos Deputados, mas ao descobrir que seria pai novamente, resolvi em conjunto com minha família, ser candidato a deputado estadual e penso que não errei, pois se eu estivesse em Brasília, talvez ninguém estivesse aqui defendendo os servidores”, declarou.
“Eu não aceitaria ficar em silêncio diante de um fato que envolve o nome da minha família e não faltaria em um dia que tão importante que vai analisar um veto de interesse dos policiais militares e também para apresentar as minhas emendas à LDO”, finalizou.