Sem perder tempo, a atual vereadora e prefeita eleita do Município de Aragominas (TO), professora Eliete Alves de Melo (PP), já encaminhou um Projeto de Lei à Câmara Municipal propondo o reajuste do seu futuro salário, a partir de 1º de janeiro de 2017, em 20%. O subsídio passará de R$ 10 mil para R$ 12 mil mensais. O Projeto de Lei também prevê aumento de salários para o cargo de vice-prefeito, que passará de R$ 5.000,00 para R$ 6.000,00 e de 15% para os secretários municipais, que passará de R$ 2.500,00 para R$ 2.800,00. A proposta está sendo duramente criticada pela população da pequena cidade de pouco mais de 4,6 mil eleitores. Em contraste com o alto salário do prefeito, a gestão no Município é classificada como "ineficiente", segundo ranking divulgado pela Folha de São Paulo no mês de agosto deste ano. Aragominas está abaixo da média nacional no quesito educação e saneamento. No ano de 2013, a receita total foi de R$ 10,6 milhões. Para os moradores, o momento de crise financeira, recessão econômica, instabilidade orçamentária e política, desemprego, exigia mais cautela da futura prefeita, que deveria assumir o mandato e fazer uma prévia avaliação das finanças do município antes de propor aumento de salários. Outra crítica é que a vereadora estaria legislando em causa própria. "Um salário de R$ 10 mil não é suficiente para manter uma vida digna", questiona um morador, que preferiu não ser identificado. Esperantina A Câmara Municipal de Esperantina, pequena cidade do Tocantins, também ignorou a crise financeira e aumentou o salário do prefeito. O novo subsídio do chefe do Executivo passará para R$ 12 mil. O vice-prefeito passará a receber R$ 6 mil e secretários municipais R$ 3 mil. A cidade possui apenas 6.030 eleitores, mas foram computados somente 4.638 votos válidos.