A abertura do ano legislativo na Câmara de Palmas, nesta quarta-feira (4), tinha tudo para ser um dia de festa, mas para o presidente da Casa Marilon Barbosa (PSB) foi de enfrentamento.

Os servidores concursados da Câmara Municipal organizaram uma manifestação justamente durante o discurso do presidente e interromperam a fala do gestor em protesto contra possíveis cortes no auxílio-alimentação e funções gratificadas, uma ameaça velada que se instalou na câmara nos primeiros dias de 2020. 

Auxílio-Alimentação não é conquista

Visivelmente irritado, Barbosa disse que o auxílio-alimentação não é conquista como ocorre com outros direitos garantidos por lei ou acordos coletivos.

“Se for preciso cortar, nós vamos cortar. Eu não admito que um servidor público venha aqui, num momento como este (abertura solene do ano legislativo), confrontar os vereadores” disse o presidente. Ele complementou sua resposta com o seguinte questionamento: “auxílio-alimentação é direito, trabalhando seis horas por dia? Tá escrito isso onde?”. Após isso, Marilon retomou o discurso oficial, contudo, não deixou de se defender contra o que entendeu ser um ataque.

O ano começou literalmente “pegando fogo” no parlamento palmense e, naturalmente, tudo isso vai acabar refletindo nas eleições de outubro. É aguardar para ver quem perde menos com os desgastes.