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Arnaldo Filho

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Bastidores da política

Operações policiais no governo e agora contra Dimas alimentam guerra virtual nas redes

Aliados de Dimas e Wanderlei promovem 'guerra' de informações.

Por Arnaldo Filho 2.528
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20/05/2022 09h07 - Atualizado há 1 ano
Ronaldo Dimas e Wanderlei Barbosa

As recentes e frequentes operações policiais deflagradas no Tocantins para investigar atos de corrupção com dinheiro público estão dando munição para os principais grupos políticos que estão na corrida ao Governo do Estado.

Nesta quinta-feira (19), o ex-prefeito de Araguaína e pré-candidato a governador, Ronaldo Dimas (PL), teve o escritório revirado por agentes da Polícia Federal em uma operação que investiga fraudes no transporte escolar, entre os anos de 2013 e 2018.

A operação foi autorizada pelo juiz federal Wilton Sobrinho da Silva, da 2ª Vara Federal de Araguaína. Chama a atenção o fato de que a decisão, que contém 19 páginas, só menciona o nome de Dimas na parte final, simplesmente para citar o endereço do escritório onde o mandado de busca e apreensão deveria ser cumprido. Contudo, o magistrado não cita nenhum elemento concreto para fundamentar a ordem judicial, ou seja, não aponta como teria sido sua participação no esquema, nem se o mesmo teria recebido propina e os valores.

Desse modo, as manchetes dos jornais se resumiram a informar que o “pré-candidato a governador Ronaldo Dimas foi um dos alvos da operação”. Um prato cheio para seus adversários no jogo político, sobretudo para o grupo do principal concorrente, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).

O CONTRA-ATAQUE

Em meio ao bombardeio de notícias nas redes sociais, aliados de Dimas reagiram no contra-ataque e fizeram um histórico das recentes operações policiais no Governo do Estado, já sob a gestão de Wanderlei Barbosa.

Foram quatro operações ao todo, uma da Polícia Federal (Operação Troféu, em 17 de novembro de 2021) e três da Polícia Civil (Operação Betesda – cobrança por cirurgias no HGP – 15 de março de 2022; Operação Phoenix – esquema de fraudes na compra de cestas básicas, em 27 de abril de 2022; e Operação Nablus – esquema de laboratórios precários e clandestinos contratados pela Secretaria Estadual da Saúde).

Na fraude das cestas básicas, cujo epicentro da operação foi a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), o ex-secretário da pasta foi ‘promovido’ nesta semana pelo governador. Ganhou outro cargo no 1º escalão, agora dentro do Palácio Araguaia. Além disso, os dois servidores afastados pela Justiça estavam lotados em cargos de confiança no gabinete da Agência de Metrologia, que é comandada pelo filho do governador.

O secretário da Setas não foi investigado na operação, era apenas o gestor da pasta desde 1º de janeiro de 2019, ainda no governo de Mauro Carlesse (UB), enquanto as fraudes estavam sendo praticadas por seus subordinados. Mas é preciso reconhecer que a Polícia Civil do Tocantins só voltou a investigar atos de corrupção no governo depois que Wanderlei Barbosa assumiu o comando do Palácio Araguaia e pôs fim à perseguição aos delegados e também revogou a vergonhosa Lei da Mordaça.

CORRUPÇÃO NO ESTADO

Fato é que a recente história política do Tocantins envergonha qualquer cidadão de bem. Desde 2006, nenhum governador eleito pelo voto popular termina o mandato. Foram cassações, renúncias e quatro governadores-tampão, além de dezenas e dezenas de operações policiais de combate à corrupção com dinheiro público. É lamentável!!!

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