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Arnaldo Filho

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Possível fusão entre DEM e PSL pode gerar atrito político entre Carlesse e Dorinha

Qual grupo ficaria com o comando do novo partido?

Por Arnaldo Filho 885
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09/09/2021 10h34 - Atualizado há 2 anos
Professora Dorinha e governador Carlesse são adversários políticos

O DEM (Democratas) e o PSL (Partido Social Liberal) devem anunciar a fusão dos partidos no próximo 21 de setembro, em Brasília. A únião das duas legendas pode resultar no maior partido do país, mas deve causar divergências políticas em alguns Estados.

No Tocantins, por exemplo, o PSL está sob o comando do governador Mauro Carlesse e o DEM, nas mãos da deputada federal Professora Dorinha, que são opositores políticos. Assim, a disputa pela presidência do futuro partido deve gerar um novo atrito entre os dois.   

NOTA CONJUNTA

Já sinalizando essa fusão, DEM e PSL emitiram uma nota conjunta criticando o discurso do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de setembro: "Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país", menciona trecho da nota. Esse é o primero documento conjunto entre os dois partidos,.

Na nota, as legendas reafirmam a necessidade de dar "um basta nas tensões políticas, ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a democracia brasileira" 

BANCADAS

O PSL tem, atualmente, 53 parlamentares na Câmara e divide o posto de maior bancada com o PT. Se a união com o DEM, que possui 28 deputados federais, se concretizar, o novo partido assumirá a posição de legenda com maior número de cadeiras na Casa.

MAIS RECURSOS PARA 2022

A nova sigla, ainda sem nome, também passará a ter mais recursos financeiros e tempo de televisão para as eleições de 2022, havendo, inclusive, a possibilidade de lançar candidatura própria ao Palácio do Planalto. No DEM já é mencionado o nome do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, como uma possível terceira via no pleito presidencial. 

OUTRAS DIVERGÊNCIAS

Filiado ao DEM e ministro do Trabalho e da Previdência Social, Onyx Lorenzoni criticou uma nota conjunta contra o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia afirmou que foi traído pelo presidente do DEM, ACM Neto, e, por isso, deixou a sigla.

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