Vítima ficou internada por 30 dias após receber seis golpes de facas.
Depois de quase 10 anos, a 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP) indiciou um homem de 40 anos pelo crime de tentativa de homicídio contra um soldador de 35 anos, em Palmas.
Conforme o delegado-chefe da 1ª DHPP, Guido Camilo Ribeiro, o crime ocorreu no dia 9 de outubro de 2012, por volta das 21h, quando a vítima foi surpreendida com golpes de faca desferidos pelo indiciado.
O fato ocorreu no setor Bela Vista, na região sul de Palmas. Ainda de acordo com as investigações, no dia do crime, o pai da vítima relatou à polícia que o filho teria sido atacado sem qualquer motivo e que o autor era conhecido na região por ser “muito perigoso”.
Com base no boletim de ocorrência, na noite do crime, a vítima estava sentada em uma motocicleta estacionada próximo a um bar no setor Bela Vista, quando foi surpreendida pelo investigado e atingida por seis golpes de faca no abdômen. Em seguida, o autor fugiu do local. As investigações realizadas pela divisão de homicídios apontaram que a vítima não teria desentendimento com o autor e não soube dizer o motivo das lesões.
À Polícia, o pai da vítima relatou que o filho passou por cirurgia, teve ferimento no pulmão, ficou internado por 30 dias e, posteriormente, teve que retornar ao hospital a fim de realizar novos procedimentos médicos. O homem também relatou que algumas pessoas que estavam no local do crime, na época, informaram que o suspeito é “muito perigoso e dificilmente alguém se dispõe a testemunhar contra”.
As equipes da 1ª DHPP obtiveram informações de que o indiciado mora atualmente no estado do Pará. Diante dos fatos, foi intimado para ser interrogado, contudo, ele não se manifestou, o que motivou pedido de prisão preventiva contra ele.
Para o Delegado Guido Camilo Ribeiro, a atitude do suspeito em não retornar o contato feito pela Polícia Civil do Tocantins demonstra o seu intuito de não contribuir para a investigação e a clara intenção de atrapalhar o trabalho da Justiça.
“Os autos deixam claro que da lesão resultou perigo de vida à vítima e há testemunhos que apontam para a autoria, assim, não resta outro caminho a não ser indiciá-lo”, afirma o delegado.
Agora, indiciado, o inquérito será remetido para o Ministério Público para a adoção das medidas legais que se fizerem necessárias.
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