Um vídeo que está circulando nas redes sociais desde quarta-feira (27) mostra o desespero de uma mãe à procura de sua filha, desaparecida há uma semana após uma ação da polícia que resultou na morte de dois suspeitos na região sul de Palmas. 

“Cadê minha filha? Eu preciso da minha filha. Ela estava na cena do crime”, suplica a camareira Dinalva Sousa, mãe da jovem Samylla Lorrany Marques de Sousa, de 23 anos, ao Governo do Estado.

Segundo a mãe de Samylla, a jovem estava na casa do namorado Bryan Felipe Inomata, de 25 anos, no momento em que ele foi morto em suposto confronto armado com agentes da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) e militares da Força Tática no Jardim Aureny III, região sul da capital no dia 21 de novembro.

"Eu preciso enterrar minha filha. Teve testemunhas que viram ela entrando num carro e levaram ela. Pra onde?”, questiona a mãe visivelmente abalada.

A mulher disse que não obteve mais notícias da filha desde o dia da operação e registou um Boletim de Ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia em Palmas.

Suspeita de execução

A mãe de um dos suspeitos disse à imprensa que o filho foi executado e que não houve troca de tiros.  Durante a ação da polícia, o ex-acadêmico do curso de Agronomia, Adagilson Taveira Bezerra, de 24 anos, também foi morto.  

O que diz a Polícia?

A Secretária da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) contesta, em nota, a versão da mãe e afirma que a jovem não estava presente no local da ação desenvolvida no dia 21. Ela tem ficha criminal e já responde pelos crimes de tráfico e porte ilegal de arma de fogo. 

A respeito do desaparecimento de Samylla, a SSP informou que abriu procedimento investigativo para apurar o desaparecimento da jovem e segue em diligência, para elucidar o caso.