A tragédia só não foi maior no colégio particular de Goiânia, na manhã desta sexta-feira (20), porque uma professora interveio. A afirmação foi feita pelo delegado
Luiz Gonzaga Júnior ao
G1. Conforme o titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), o atirador tinha mais munição e iria provocar mais mortes. Dois adolescentes foram mortos e outros quatro ficaram feridos no atentado, que ocorreu no Colégio Goyases, localizado na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia. O autor dos disparos é um aluno do 8º ano e ele é filho de um major da Polícia Militar (PM) e teria pegado a arma de seu pai. A mãe do jovem também é militar. O estudante estava dentro da sala e, no intervalo entre duas aulas, tirou da mochila a arma, uma pistola .40, e efetuou os disparos. “
Ele ia matar todo mundo. Levou dois carregadores para a escola. Descarregou o primeiro e quando foi carregar o segundo, foi abordado pela coordenadora. Ele pensou até em se matar, apontou a arma para a cabeça, mas ela o convenceu a entregar a pistola para ela”, disse o delegado. Os adolescente mortos foram identificados como João Vitor Gomes e João Pedro Calembo. Os outros quatro alunos feridos, sendo três meninas e um menino, estão internados em hospitais da capital goiana. O delegado disse que o adolescente atirou primeiro contra João Pedro porque tinha um desafeto com ele. Porém, Luiz Gozaga não soube dizer o motivo deste conflito. Há rumores de que o autor do atentado sofria bullying e era chamado de "fedorento", porque não usava desodorante.