O réu está em liberdade devido ao cancelamento do julgamento anterior.
Foi a júri popular em Araguaína, nesta segunda-feira (26), Francimar Queiroz de Oliveira, acusado de matar a companheira, Soraia da Paz Costa, com golpes de faca, em maio de 2019, na cidade de Santa Fé do Araguaia, norte do estado.
O réu foi condenado a 14 anos de reclusão pelo crime de feminicídio, qualificado, ainda, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme a tese do Ministério Público do Tocantins (MPTO).
Segundo apurado no inquérito policial, o assassinato ocorreu porque a vítima, que se encontrava em um bar na companhia de um amigo, teria se recusado a ir embora com o autor. Por isso, Soraia foi levada a um banheiro e golpeada com uma faca. Com o intuito de forjar um álibi, Francimar desferiu contra si mesmo três golpes de faca na região cervical.
Ao fim do julgamento, o magistrado concedeu ao condenado o direito de recorrer em liberdade, no entanto, o promotor de Justiça Pedro Jainer Clarindo, que atuou na acusação em plenário, disse que ele ainda pode ser preso em função do julgamento de um recurso interposto pelo MPTO no mês passado.
Segundo o promotor de Justiça, Francimar foi colocado em liberdade por força de um alvará de soltura expedido pelo juiz devido ao cancelamento do Júri Popular. “A condenação de hoje é um dos argumentos que o Ministério Público vai utilizar nas razões do recurso para que seja decretada nova prisão de Francimar”.
(Denise Soares/Ascom)
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