O homem tinha dois mandados de prisão em aberto.
Um indígena foragido da justiça foi morto pela polícia na manhã desta quinta-feira (16/9) durante uma operação na aldeia Santa Isabel, localizada na Ilha do Bananal. Ele foi identificado como Lourenço Rosemar Filho de Mello.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, o homem resistiu à prisão e fez sua própria companheira de refém com uma arma na cabeça.
Conforme a SSP, as equipes do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote) e da Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) se deslocaram até o município de São Félix do Araguaia (MT) para auxiliar a Polícia de Mato Grosso no combate ao crime organizado.
O objetivo era cumprir dois mandados de prisão contra um indígena que morava na aldeia em território tocantinense, no município de Lagoa da Confusão. A operação foi acompanhada pelo coordenador técnico da Funai, Vicente de Paula Rodrigues de Lima.
Segundo o delegado do GOTE, Rildo Barreira, ao chegarem na residência, os policiais foram surpreendidos pelo indígena que estava carregando uma arma de fogo. “Foi anunciado a ação policial, mas o indivíduo saiu da residência com uma arma de fogo apontada para a cabeça de sua companheira, Domícia José Melo, usando-a como refém”, explicou o delegado.
A polícia disse que tentou negociar a soltura da refém e rendição, mas o homem não se rendeu. Segundo a polícia, durante a ação, o homem ficou cada vez mais agressivo e continuou com arma apontada para a cabeça da refém e foi necessário efetuar disparos.
O homem foi baleado, socorrido imediatamente e encaminhado até o hospital de São Félix do Araguaia (TO), mas não resistiu e foi a óbito.
Os indígenas da aldeia criticaram a condução da operação. Eles disseram que havia crianças e idosos no local onde o suposto confronto ocorreu. Um dos moradores, que pediu para não ser identificado, disse que toda a comunidade está com medo.
Mandados de prisão
Conforme a polícia, o indígena tinha dois mandados de prisão em aberto expedidos pela Comarca de São Félix do Araguaia por tráfico de drogas, homicídio, estupro, roubo e violência doméstica e receptação.
Além da pistola calibre 380 municiada, o agressor tinha um carregador extra e a quantia de mais de R$ 9 mil nos bolsos, que foram apreendidos e levados para a delegacia de São Félix do Araguaia (MT).
Segundo a polícia, o indígena era bastante conhecido na região pela periculosidade que representava, bem como por alardear que jamais se entregaria à polícia.