Ele foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos por matar a namorada.
A pedido da Defensoria Pública do Tocantins, o juiz Jossaner Nery Nogueira Luna, da Comarca de Gurupi, decidiu remarcar a audiência de instrução e julgamento de Danilo Sousa Cavalcante, a fim de aguardar o cumprimento da carta rogatória (instrumento jurídico para comunicação entre as Justiças de países diferentes).
A audiência de instrução e julgamento chegou a ser iniciada na tarde desta quarta-feira (11/10). Diante da informação das testemunhas de que não teriam objeção de depor perante o acusado, o juiz decidiu pelo adiamento. Danilo Cavalcanti responde pelo assassinato de Válter Júnior Moreira dos Reis, ocorrido em 2017. Autor e vítima eram amigos.
A nova audiência deverá ocorrer em uma das datas sugeridas pela Justiça tocantinense: 7 de fevereiro; 29 de fevereiro ou 21 de março de 2024, no horário das 13 horas. A decisão visa garantir ao réu o direito de presença na audiência, bem como assegurar a plenitude de defesa do acusado.
Das sete testemunhas de acusação intimadas, quatro estiveram presentes no Fórum de Gurupi para serem ouvidas e as demais prestariam depoimento por videoconferência. Acompanharam a sessão nesta tarde o promotor de justiça Rafael Pinto Alany e o defensor público Magnus Kelly Lourenço de Medeiros, que representa o acusado.
O caso
Danilo de Sousa Cavalcante é acusado de assassinar Válter Júnior Moreira dos Reis por volta de 0h10 do dia 5 de novembro de 2017, em uma lanchonete localizada na Praça São João Batista, em Figueirópolis.
Após o crime, o acusado fugiu para os Estados Unidos. Em abril de 2021, ele matou a facadas a ex-namorada, Débora Evangelista Brandão, 34 anos, na frente dos filhos, na cidade de Phoenixville.
Nos EUA, Danilo foi condenado à prisão perpétua pelo crime e, no dia 31 de agosto fugiu da Prisão de Chesco, onde cumpria pena. Depois de 14 dias foragido, o brasileiro foi preso pela polícia da Pensilvânia no dia 13 de setembro.