A informação foi revelada pelo delegado Rhaniel Almeida, da Delegacia de Homicídios (DIH).
O homem de 25 anos acusado de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, na última quarta-feira (28), em Goiânia, disse à Polícia Civil que cometeu um latrocínio (roubo seguido de morte). Os investigadores, no entanto, trabalham com várias hipóteses.
“Não vamos descartar nenhuma das vertentes. Concluímos a primeira etapa, da cena do crime e vamos para as próximas, que vão definir se foi latrocínio, pistolagem ou execução a mando”, disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda. “A motivação é um segundo processo, que vai demandar um pouco mais de análise e investigação”, completou.
O suspeito Pedro Henrique Martins Soares foi preso nesta sexta-feira (30), no município de Porto Nacional, região central do Tocantins. O comparsa dele, Jaberson Gomes Lopes, 24 anos, morreu numa troca de tiros com militares da Rotam, na mesma cidade.
Segundo o delegado Rhaniel Almeida, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Pedro Henrique foi quem atirou nas duas vítimas, tendo atingido uma delas com três disparos e a outra com um. Ele levou R$ 2 mil de um dos advogados assassinados.
"Não há qualquer dúvida de que essa dupla é responsável pelo crime", disse o delegado Rilmo Braga, titular da DIH, citando provas científicas, materiais e testemunhais obtidas pela força-tarefa da Polícia Civil. As principais informações são mantidas sob sigilo, mas Braga destaca que o crime foi planejado.
Os dois suspeitos, de acordo com a Polícia Civil, são de extrema periculosidade e têm ficha criminal extensa por formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e homicídio. Pedro Henrique é considerado um dos maiores matadores de aluguel do Tocantins, segundo Rhaniel Almeida, e teria confessado que já executou 12 pessoas.
Dinâmica do crime
O delegado Rhaniel Almeida revelou que a Polícia Civil conseguiu rapidamente identificar os suspeitos das execuções, confirmando que eles se hospedaram num hotel em Goiânia no último sábado (24) e deixaram a capital às 15h10, rumo a Anápolis, onde pegaram um ônibus com destino a Palmas.
A representação pela prisão dos indivíduos foi deferida pela Justiça em cerca de uma hora e, na sexta-feira, a força-tarefa, com suporte da Polícia Civil do Tocantins, foi a Porto Nacional para prender os suspeitos. Um deles foi detido em casa pela manhã.
O outro, conforme o delegado, deixou a casa antes da chegada dos agentes, mesmo sem ter conhecimento da operação, e se deslocou para uma região rural. Policiais civis buscaram o acusado em vários endereços na cidade, mas não o encontraram. No decorrer do dia, ele deve ter sido informado sobre a prisão do outro suspeito e permaneceu escondido. Mais tarde, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Tocantins.
(Com informações do Diário de Goiás)