O Ministério Público do Tocantins (MPTO) ofereceu denúncia criminal em face do bolsonarista Rafael Lima Neto, por tentativa de homicídio contra Edivan Gomes e o filho dele, Deyvit Mikelby da Silva Gomes. O crime foi motivado por rixa política, no dia do segundo turno das eleições de 2022, em Araguaína.

Conforme o apurado nas investigações, pai e filho trafegavam de motocicleta por uma rodovia de Araguaína, com uma bandeira do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva amarrada nas costas, quando Rafael, que dirigia uma caminhonete com adesivo de Jair Bolsonaro, tentou atropelá-los. 

As vítimas chegaram a cair do veículo, mas se levantaram, fugiram e foram perseguidas sob disparos de arma de fogo. Edivan e Deyvit abandonaram a motocicleta e se esconderam em um matagal próximo à via.

Em seguida, Rafael colocou a moto na carroceria de sua caminhonete e a abandonou no dia seguinte em um local afastado. Para o Ministério Público, ele queria esconder os vestígios das tentativas de homicídio.

A denúncia aponta ainda que houve coação de uma testemunha ocular do crime para que não gravasse as agressões ou ligasse para a polícia.

Na denúncia, o promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida requer que Rafael responda por duas tentativas de homicídio qualificado, praticadas por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Conforme o MPTO, os crimes só não foram consumados por circunstâncias alheias à vontade do denunciado.

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