A saída de Borini coincidiu com a pior onda de casos positivos registrados na capital desde o início da Pandemia
O secretário municipal de saúde de Palmas, Daniel Borini Zemuner não resistiu à pressão causada pelo aumento desordenado de casos de Covid-19, registrado na capital nos últimos dias e pediu para deixar o cargo.
A exoneração ‘a pedido’ foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) dessa terça-feira (04), pouco depois de a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), anunciar que não decretaria o lockdown na capital, caso os municípios vizinhos não aderissem à medida adotada na capital.
Colapso
A saída de Borini coincidiu com a pior onda de casos positivos registrados na capital desde o início da pandemia e consequentemente os maiores índices de ocupação de leitos por pacientes acometidos pela Covid-19. Segundo o Boletim Epidemiológico, divulgado pelo município nessa terça, a capital contabiliza 5,944 casos confirmados da doença e 50 óbitos. A taxa de ocupação dos leitos de UTI-Covid em Palmas é de 86% e apesar das medidas adotadas pela administração os dados alertam para um iminente risco de colapso do sistema público de saúde do município.
Justificativa
Em nota, a prefeitura informou que Borini pediu demissão por motivos familiares e pessoais. Ele é servidor de carreira da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), concursado desde o ano 2000, e estava no cargo desde outubro de 2018.
Nova gestão
A superintendente de atenção primária e vigilância em saúde, Valéria Silva Paranaguá, foi nomeada para titular da pasta. A nova secretária é graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão e mestre em Saúde Pública, com ênfase em Epidemiologia, pelo Instituto Superior de Ciências Medicas de La Havana (Cuba). Segundo a prefeitura, ela já trabalhou na Secretaria de Estado da Saúde (SES), como superintendente de Atenção e Promoção à Saúde em diversos cargos, entre os anos de 1995 e 2016.