A Casa do Estudante de Araguaína, que atende alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, está com a estrutura física precária e comprometida. O local já parece um prédio abandonado.

“Falta segurança, aqui está escuro e praticamente um matagal”, relata a estudante Vanessa Dionízio, de 25 anos. Ela morava em Pau D'arco e se mudou para Araguaína, em 2020, para poder estudar.

A jovem conta que tirou dinheiro do próprio bolso para colocar luzes dentro da casa, fazer a limpeza do quintal e pintura do quarto. Devido à precariedade da estrutura física do prédio, alguns estudantes decidiram ir embora por medo do imóvel desabar.

Com o retorno das aulas presenciais na Universidade Federal do Tocantins (UFT), previstas para 2022, vários estudantes carentes vão precisar de moradia em Araguaína, mas a casa não tem condições de recebê-los.

Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Jorge Frederico (MDB) pediu atenção do Governo do Estado e solicitou que seja feita uma reforma geral de urgência.

“Eu visitei e vi que está num momento complicado, quase caindo. Essa casa atende quantos estudantes de cidades pequenas que não tem condição de pagar aluguel, não tem parentes na cidade... Esta moradia promove além de educação, oportunidade de vida para esses jovens. A Casa em pleno funcionamento vai continuar promovendo esse suporte na vida dos estudantes”, defendeu o parlamentar. 

O deputado encaminhou um requerimento com a solicitação de reforma para a Secretaria de Educação, Juventude e Esportes (Seduc). 

Estrutura

O prédio possui dois pavimentos, com quatro unidades de apartamentos. A capacidade original da casa é de 32 estudantes, mas hoje residem bem menos que a metade. Em 2018, a Casa chegou a ser vistoriada pela Defensoria Pública do Tocantins, mas até o momento não passou por nenhuma reforma. 

Prédio da Casa do Estudante / Foto: Ormando Silva

A estrutura da Casa está comprometida / Foto: Ormando Silva

Segundo estudantes, alguns alunos já saíram da casa por medo do imóvel desabar / Foto: Ormando Silva