O prefeito assinou quatro contratos para serviços contábeis.
Em Colmeia, cidade com pouco mais de 8 mil habitantes localizada na região centro-norte do Tocantins, o Município pagará cerca de R$ 33 mil por mês para uma empresa de contabilidade. O contrato foi assinado sem licitação pelo atual prefeito Joctã José dos Reis (PL).
O gestor assinou 4 contratos com a KM Contabilidade, todos publicados no Diário Oficial do Município no dia 1º de março, data em que foi assinada a autorização para início da prestação de serviços. Embora o contrato não estipule o prazo final, a vigência deve se estender até o final do exercício dos créditos orçamentários (31 de dezembro), conforme previsão na Lei 8.666/93.
Os contratos foram assinados com três fundos (Saúde, Educação e Assistência Social), além da própria prefeitura, totalizando R$ 330 mil, o que dá uma média de R$ 33 mil por mês, valor bem superior ao subsídio do governador do Estado do Tocantins (R$ 24.117,00) e até do presidente da República, que ganha cerca de R$ 30.934,70. A denúncia foi feita por moradores da cidade.
Veja abaixo o detalhamento dos contratos:
Prefeitura Municipal: R$ 140 mil
Fundo Municipal de Saúde: R$ 70 mil
Fundo Municipal de Educação: R$ 70 mil
Fundo Municipal de Assistência Social: R$ 50 mil
Total: R$ R$ 330 mil
VALOR DE TABELA
O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescap-TO) possui uma planilha de honorários para orientar as contratações de serviços especializados de contabilidade pública. A reportagem consultou para fazer a comparação nos preços e verificou que estão dentro dos parâmetros sugeridos.
Para municípios com índice de FPM 0.6, que é o caso de Colmeia, o valor da tabela para prefeitura é de R$ 12.471,84 mensais; R$ 6.484,35 para Fundo de Saúde; Fundo de Educação (6.476,65) e Fundo de Assistência Social (4.718,31). Com base nesses valores da tabela, o valor total da contratação somaria R$ 30.151,15 por mês.
Porém, conforme a denúncia enviada ao AF Notícias, na gestão anterior da prefeita Elzivan Noronha, a Prefeitura de Colmeia pagava cerca de R$ 17 mil pelos serviços de contabilidade.
A reportagem enviou mensagem no WhatsApp do prefeito Joctã questionando o aumento de quase 100% no valor da contração, mas não obteve retorno até agora. O espaço segue aberto.