Reforma Agrária

Após 10 anos de luta, Incra aprova criação de novo assentamento com 724 hectares no Tocantins

Terreno pertencente à Fazenda Sinuelo e vai abrigar 58 famílias.

Por Redação 8.272
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19/04/2024 08h39 - Atualizado há 1 semana
A conquista marca uma mudança significativa para os agricultores

Notícias do Tocantins – O Incra finalmente publicou a portaria que autoriza a criação do assentamento Olga Benário, localizado no município de Tabocão, no Tocantins. A área, que abrigará 58 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), representa o desfecho de uma batalha de quase 11 anos pela posse da terra.

O terreno de 724 hectares, pertencente à Fazenda Sinuelo, será oficialmente transformado em um projeto de assentamento, proporcionando moradia para dezenas de famílias da região. A conquista marca uma mudança significativa para os agricultores, que segundo a Coalizão Vozes do Tocantins, enfrentaram dificuldades e perseguições ao longo dos anos, inclusive através de uma ação judicial movida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob suspeita de motivações políticas por parte dos ruralistas quando ainda estavam acampados às margens da BR-153.

Antônio Marcos, coordenador do Movimento Sem Terra no Tocantins - MST/TO, destacou o significado histórico da garantia do direito à terra para as famílias camponesas no Tocantins. “Essa conquista é resultado do esforço coletivo do MST, das famílias e de diversos movimentos sociais e organizações parceiras que lutam pela reforma agrária”, afirma. 

Em busca de uma vida digna, cultivando seus ideais nos campos e nas ações cotidianas, Manuel Leite, presidente da associação Olga Benário, afirma que cada momento de luta desde 2013 valeu a pena. 

“Alcançamos essa vitória com dedicação e coragem, ao longo de anos de luta e manifestações. Nesse trajeto de resistência, enfrentamos ameaças, discriminação e inúmeros perigos para nossa segurança. Enfrentamos tentativas de destruição por parte dos poderosos, que derrubaram nossos acampamentos e devastaram nossas plantações. No entanto, permanecemos resistindo”, enfatizou. 

 

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