Mais de 400 metros de rede foram apreendidos no Lago Azul desde novembro, pela equipe de Fiscalização Ambiental da Prefeitura de Araguaína. As ações de monitoramento no Rio Lontra seguem sendo realizadas rotineiramente após a piracema, já que a pesca esportiva é a única permitida no local. Nas últimas rondas, entre março e abril, foram encontrados peixes, cobras e caranguejos presos nas armadilhas.

"Durante a piracema, encontramos quase 300 metros de rede e, agora, mais de 100 metros foram apreendidos em dois meses. É importante lembrar que o Lago Azul está em momento de recuperação da flora e fauna e há um decreto municipal proibindo qualquer tipo de pesca”, afirmou o diretor de Fiscalização Ambiental, Orialle Barbosa.

Crime ambiental

A pesca predatória e o uso de armadilhas são crimes ambientais, descumprindo o Decreto nº 161/19 que determina que, na região, somente a pesca esportiva pode ser praticada, em qualquer época do ano. Em caso de flagrante, o responsável estará sujeito a uma multa que varia de R$ 300 a R$ 10 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo de pescado.

Projeto Lago Vivo

A intensa fiscalização faz parte de uma operação integrada de monitoramento em toda a extensão do Lago Azul e do Rio Lontra e está ligada ao Projeto Lago Vivo, que busca a recuperação e a aproximação da população na região. Além da regulamentação da pesca esportiva e da realização de mutirões de limpeza, outro meio para alcançar os objetivos do projeto é a introdução de 200 mil novos alevinos de espécies nativas que estavam extintas, até agora já foram soltos 51.500 novos peixes no lago.

Pesca esportiva

Para pescar esportivamente no local, o morador deve conhecer as regras e expedir gratuitamente uma carteirinha no site http://pesca.araguaina.to.gov.br/. A diversão permite usar anzol, chumbada, linha, vara ou caniço, molinete, carretilha ou similar, iscas artificiais e naturais, sendo obrigatória a prática do pesque e solte.

Está proibido usar armadilha tipo tapagem, cercado, anzol de galho ou qualquer aparelho fixo; equipamentos de mergulho, elétrico, sonoro ou luminoso, sonar; fisga gancho e garateia de lambada; arpão, covo e espinhel; tarrafa ou rede de arrasto de qualquer natureza; substâncias tóxicas ou explosivas; entre outros.

A pesca predatória e o uso de armadilhas são crimes ambientais / Fotos: Divulgação

Está proibido usar armadilha tipo tapagem, cercado, anzol de galho ou qualquer aparelho fixo / Fotos: Divulgação