Segundo Turno

'Não apoiarei nenhum', diz Marlón Reis sobre 2º turno com grupos de Brito Miranda e Siqueira Campos

Por Agnaldo Araujo
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05/06/2018 22h20 - Atualizado há 5 anos
Nielcem Fernandes // AF Notícias O ex-juiz e idealizador da Lei Ficha Limpa, Márlon Reis (Rede), declarou nessa terça-feira (5) que não apoiará nenhum dos dois candidatos que disputarão o segundo turno. Reis obteve 9,94% dos votos válidos (56 mil). Em entrevista à CBN Tocantins, Márlon Reis disse que foi surpreendido com o resultado das urnas e comemorou o surgimento de um novo grupo político, que segundo ele, irá governar o Tocantins. "Fizemos o possível para vencer essa eleição. Em 45 dias, praticamente sem recursos e com apenas oito segundos de televisão e sem alianças partidárias, nós obtivemos uma votação extremamente expressiva, o que mostra que o povo tocantinense está aberto", disse. Segundo Turno Questionado sobre o apoio no segundo turno da suplementar, o candidato da Rede Sustentabilidade foi enfático. "Não! De maneira alguma. Estão no segundo turno o grupo Brito Miranda e o grupo Siqueira Campos. Estou de volta ao Tocantins, meu estado, para lutar contra isso. Contra essa prática oligárquica intacta que está no segundo turno. Por isso não apoiarei nenhum dos dois candidatos", assegurou. Sobre o seu posicionamento ‘outsider’ (do lado de fora) em relação à política tradicional, Márlon Reis assumiu que está de fora da corrupção. "Eu sou um ‘outsider’ mas não da política. eu sou um ‘outsider’ da corrupção. Sou e continuarei sendo. Temos uma tendência de atribuir à política suas características tradicionais, as velhas práticas. O que está chegando agora é o que não participou. Na verdade eu vou continuar de fora disso. Sempre fiz política, a Lei da Ficha Limpa é um ato político. O que eu não fiz foi participar dos velhos esquemas tradicionais da política”, argumentou. Velha Política Quando perguntado se essa ruptura com os paradigmas da velha política poderia trazer dificuldades para governar, caso eleito, o ex-juiz foi taxativo. "Não. Por isso que eu falo da compra de votos. Não tenho nenhuma dificuldade de conversar com nenhum partido com força tradicional, mas não faço aliança com quem pratica corrupção na política", pontuou. Abstenção O candidato expôs o seu pensamento a respeito do grande número de eleitores que abriram mão de votar ou de escolher um candidato, e considerou que não é possível afirmar que o resultado das urnas foi uma manifestação de desprezo pelo processo eleitoral. "No caso da abstenção, ela foi provocada pelas características dessa eleição em particular. Eu estive em comunidades que as pessoas não sabiam que tinha eleição. Pouco tempo e dificuldades comunicacionais fizeram com que pessoas passassem ao largo desse processo. Não houve o envolvimento de uma campanha tradicional para governador. A meu ver essa eleição foi definida pela falta de estímulo e mobilização para a eleição em si", esclareceu. Desafio Para o ex-juiz, o principal desafio de governar o Estado está no modo como é feita a atual política. O idealizador da Ficha Limpa disse que é preciso acabar com o clientelismo. "É preciso romper com a forma, com o pensamento clientelista na política que não se revela só nas eleições com a compra do voto, com a compra de lideranças políticas, com a regimentação de políticos em troca de cargos públicos. Essa prática se projeta para outros mandatos. Deputados se elegem dessa maneira, e depois vão compor a Assembleia Legislativa com esse pensamento. Vão precisar de dinheiro para se reeleger na próxima campanha, vão destinar emendas para essas finalidades", concluiu.

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