Polícia Civil

Novos policiais impulsionam investigações em Araguaína, mas efetivo tem déficit de 53%

Por Redação AF
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26/07/2017 09h06 - Atualizado há 5 anos
Depois que os 53 delegados da Polícia Civil tomaram posse, em junho deste ano, muita coisa mudou. Vários casos e crimes começaram a ser solucionados em todo o Tocantins. Contudo, o déficit de profissionais ainda chega a 53% no Estado. Os novos escrivães que também tomaram posse e servidores que eram agentes penitenciários e foram lotados como agentes de polícia também formam a 'força tarefa' das investigações criminais. A prova disso está em Araguaína, norte do Estado, cidade considerada uma das mais violentas do Tocantins, onde 13 delegados foram nomeados. Com a posse dos novos aprovados vários inquéritos foram concluídos. Como por exemplo, a morte do empresário José de Almeida Carneiro de Sousa. Após a investigação de dois novos delegados foi descartada a possibilidade de crime encomendado. Segundo os responsáveis pelo caso, delegados Israel Andrade e Bruno Baezza, o empresário foi morto em troca de tiros com bandidos no último dia 25 de junho, quando chegava numa caminhonete em sua casa, no setor Rodoviário. Um assaltante morreu e outro ficou paralítico. Em entrevista, os delegados afirmaram que a vítima foi assassinada com 10 tiros. A princípio, o caso era investigado como morte de encomenda porque foi encontrada uma fotografia da vítima na cena do crime. No entanto, no decorrer das apurações a hipótese foi descartada pela polícia. No inquérito, concluiu-se que houve dois momentos de tiroteio. O primeiro, em que a vítima atingiu os assaltantes e o segundo, quando o assaltante ferido se se fingiu de morto e atirou contra o empresário. Também em Araguaína, a Polícia Civil recuperou, no início desse mês, cerca de R$ 10 mil em objetos que haviam sido furtados de uma residência de um bairro na cidade. Entre os produtos recuperados estão aparelhos de televisão, relógios, perfumes, óculos escuro, ventilador, lavadora de alta pressão e outros. As apreensões foram coordenadas pela delegada de polícia Danyelle Toigo. Dois suspeitos também foram detidos. A ação é uma continuidade da investigação que iniciou como um furto na residência. Outras três pessoas já haviam sido presas Pela Polícia Militar (PM) suspeitas de envolvimento no crime. Eles foram detidos nas proximidades da Feirinha, em um veículo Gol, de cor branca. Com eles, foi encontrada uma quantidade de maconha, além de alguns óculos de marca e perfumes de diversas marcas. Após a apresentação dos objetos e dos detidos na delegacia de plantão, a equipe da delegada Danyelle Toigo fez diligências e recuperou os demais objetos. Conforme os aprovados no concurso da Polícia Civil, o trabalho dos delegados, que recém integraram o quadro da Polícia Civil, e o resultado rápido de suas investigações comprova a necessidade de mais profissionais no quadro da Segurança Pública. Com um maior contingente policial, mais crimes estão sendo descobertos, com um trabalho de investigação que ajuda a tornar a sociedade mais segura. Porém, apesar de ser essencial para a garantia de um Tocantins mais tranquilo, atualmente, a Polícia Civil conta somente com um número de 168 delegados ativos, o que ainda representa um déficit de pessoal no Estado. O quantitativo atual preenche apenas 47% do quadro necessário, conforme a lei de criação dos cargos, instituída em 1993. O que torna urgente e necessária a convocação imediata de mais aprovados no concurso da Polícia Civil, realizado em 2014, que determinava o provimento de 97 vagas para delegados, mais as demandas que surgissem durante o certame. Como reforço para este quadro, em junho deste ano, o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, anunciou que deve nomear até agosto desse ano mais 85 aprovados no concurso da Polícia Civil. Dentre esse número tomarão posse mais 30 delegados, 50 escrivães e cinco peritos. Com esta possibilidade, os futuros agentes públicos aguardam que o Estado cumpra a promessa referente às nomeações, e reforce o quadro da Segurança Pública tornando-o mais completo de profissionais que atuam no combate ao crime. “Claro que queremos ser chamados porque estudamos, batalhamos para conseguir a tão sonhada aprovação no concurso público, mas por outro lado, também pensamos na situação da criminalidade do Estado. É difícil sabermos que diariamente um familiar ou amigo foi vítima das ações dos bandidos aqui no Tocantins. Tenho certeza que nosso trabalho iria somar para mudar essa triste realidade”, enfatiza Gilberto Augusto Oliveira Silva, aprovado para o cargo de delegado.

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