Eleição suplementar 2018

Opinião - Quem quiser beijar o Palácio Araguaia, que abrace primeiro Araguaína

Por Redação AF
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01/05/2018 09h13 - Atualizado há 5 anos
Alberto Rocha //Opinião "O jornalista está comprometido a dizer em voz alta o que pensa. Não pode ser culpado pelo seu silêncio, não pode ter medo da verdade", não sei quem disse, mas disseram. Não sou bairrista, mas quero dizer aos candidatos que desejam subir, vitoriosos, as calçadas do Palácio Araguaia, que atentem para a força de Araguaína, que pode decidir os destinos da eleição. Não é à toa que a cidade tem atualmente dois deputados federais e 4 estaduais; quase sempre elegeu um governador e, apesar de não ter um senador hoje, mas sempre colocou um representante no Senado Federal. É a força da cidade; certamente, ela não vai abrir mão desse poder nem do direito de ser o âncora da política do Tocantins. Usando um trocadilho da Grécia antiga, digo: quem se aventurar a chegar ao poder estadual costeando por fora de Araguaína deve esquecer-se de chegar ao Palácio Araguaia. Repito: quem desejar chegar ao Palácio Araguaia costeando por fora de Araguaína deve esquecer-se de seus sonhos mais sinceros ou então fazer o testamento da  própria derrota. É  fácil imaginar o enorme potencial de Araguaína e região. Mas aqui não é só o centro comercial ou a capital econômica do Estado, é mais que isso, é o caldeirão que ferve 24 horas, pronto para queimar aqueles que renegarem a importância da cidade. Araguaína, rica e populosa, é o Piccadilly do Tocantins. A cidade, uma das zonas mais movimentadas do Estado, é onde se cruzam todos os interesses políticos e econômicos da região. A maior parte da economia estadual, do comércio, da indústria, da educação, passa por Araguaína. Ao redor da capital econômica, existem outras importantes cidades que costumam caminhar lado a lado, ajudando a decidir o futuro e o sonho de quem deseja sentar na cadeira decisória do Tocantins. Gostando ou não, Araguaína é a feira das vaidades, o mercado das negociações, a ponte do norte, o salão onde se discute e se decide o rumo a política tocantinense. Os candidatos não podem cometer um erro grave, dando as costas para o óbvio; precisam ir além da visão dos olhos e da vaidade pessoal. A realidade é essa, nua e crua: Ponham Araguaína na agenda das prioridades; não assumam comportamento suicida. Se Araguaína quiser derrubar alguém da cadeira, ela derruba. Por isso, quem quiser beijar o Palácio Araguaia, tem de abraçar primeiro Araguaína. O filósofo grego, Aristóteles, mandou avisar: a finalidade da estratégia é a vitória. --------------------------- Alberto Rocha  é jornalista.

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