Por 5 votos a 4

Oposição ganha eleição da presidência da Câmara Municipal de Goiatins após disputa acirrada com grupo governista

Por Agnaldo Araujo
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02/01/2017 08h53 - Atualizado há 5 anos
O recém-empossado prefeito de Goiatins, Antônio Luiz (PR), não conseguiu eleger o novo presidente da Câmara Municipal da cidade e já começará o mandato tendo que articular com a oposição. Numa disputa bastante acirrada, o vereador mais votado Max Luz (SD) derrotou o candidato da base governista, Rubens Araújo (PR). A diferença foi de apenas um voto. Depois de muita articulação, o novo presidente conseguiu cinco dos nove votos da Câmara: Zé Filho (DEM), Salmeron (PSC), Edimilçon do Cartucho (PDT) e Cláudio Cruz (DEM). Em 2012, a Câmara de Goiatins protagonizou um verdadeiro embate com o prefeito da época que resultou na cassação do seu mandato, por unanimidade. Neodir Saorin (PSDB) perdeu o cargo após a instalação de uma CPI para apurar supostas irregularidades na prefeitura, entre elas emissão de notas fiscais falsas, superfaturamento de preços e pagamento por serviços não executados. Recentemente, a cidade também foi alvo de um escândalo investigado pela Polícia Federal devido a supostas fraudes envolvendo servidores fantasmas para contratação de empréstimos consignados. Os prejuízos são avaliados em R$ 10 milhões. A operação Bragation prendeu mais de 10 pessoas, entre secretários municiais, vereadores, servidores públicos, prefeito e a primeira-dama. O ex-prefeito Vinicius Donnover, que chegou ao cargo após a cassação de Saorin, está preso no Presídio Barra da Grota desde junho do ano passado. Aumento dos salários Outra decisão polêmica da Câmara de Goiatins foi a aprovação de aumento do salário para o prefeito, Antônio Luiz, o vice e secretários. O subsídio do prefeito passou de 10 mil para R$ 15 mil. A remuneração do vice de R$ 5 mil para R$ 10,5 mil, e o dos secretários de R$ 2,4 mil para R$ 3,5 mil. Os valores já estão valendo. Ação popular para derrubar aumento Pouco depois dos vereadores aprovarem o aumento salarial, o advogado Arnaldo Filho ajuizou uma Ação Popular pedindo que a justiça derrube o reajuste, pois, teria sido aprovado em período vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal e somente depois das eleições municiais, quando já se sabiam quem eram os eleitos. O processo será decidido após o recesso judiciário.

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