Veículo lotado

Pacientes do interior que fazem hemodiálise em Araguaína sofrem com falhas no transporte

Pacientes ficam esperando durante horas pelo veículo da prefeitura.

Por Márcia Costa 647
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23/07/2021 08h50 - Atualizado há 3 anos
Senhor Gaspar e o ex-vereador Nelson

Moradores da cidade de Couto Magalhães que precisam se deslocar três vezes por semana para tratamento de hemodiálise em Araguaína estão enfrentando dificuldades na locomoção em razão da demora do veículo da prefeitura que faz o transporte de pacientes.

A espera chega a durar cerca de 4 horas após o fim do procedimento, debilitando ainda mais a saúde dos pacientes. 

Um dos pacientes é o ex-vereador Nelson Aulus Lemos, de 49 anos, conhecido como Nelson Gordinho, que faz hemodiálise na Clínica Renal Center. Ele contou que o veículo do município responsável pelo transporte dos pacientes vem lotado de pessoas para realizarem outras demandas em Araguaína. Por causa disso, os pacientes finalizam as sessões de hemodiálise e são obrigados a permanecerem na cidade até que essas pessoas resolvam suas pendencias.

“Eu e outro paciente que é o senhor Gaspar João de 65 anos, todas as terças, quartas e sábados fazemos o tratamento. Saímos da nossa cidade às 5h da manhã e não temos horas para voltar. O veículo chega às 8h da manhã na Clínica, às 10 horas os pacientes entram para sala e ficam 4 horas na cadeira fazendo hemodiálise. Saímos com muita fraqueza e sem condições de esperar pelos demais", contou.

Nesta quinta-feira (22), o ex-vereador disse que ficou em frente ao Hospital Dom Orione, junto com o senhor Gaspar, esperando por uma moradora que estava sendo atendida e que não sabia o horário que sairia da maternidade por causa da quantidade de pessoas na fila.

“Temos direito de ter um carro para nós. É amparado pela lei. O município manda apenas um veículo e com todos os pacientes juntos. Estamos debilitados e fracos, e o tempo está muito quente, o que piora ainda mais a situação. A gente podia chegar mais cedo em nossas casas para descansar. Nossa vida já está curta por causa desse problema e dependemos do aparelho para viver", desabafou.  

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