Dinheiro público

Prefeituras: 3º repasse do FPM em julho sobe 15%; Wanderlândia e Pugmil estão com bloqueio

O FPM é a principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios de pequeno e médio porte.

Por Redação
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30/07/2024 08h34 - Atualizado há 2 horas
Dinheiro foi creditado nas contas da prefeituras nesta terça-feira, dia 30 de julho

Notícias do Tocantins - Nesta terça-feira (30), a União irá liberar a terceira e última parcela de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), totalizando R$ 4,2 bilhões, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, 54 municípios estão impossibilitados de receber o repasse, sendo que 29 cidades estão localizadas em Minas Gerais.

Entre as cidades bloqueadas, destaca-se Araguari, um dos 100 municípios mais ricos do Brasil com atividades no agronegócio, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Outro destaque é Aparecida de Goiânia, município com 527.796 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o único município goiano com mais de 500 mil habitantes, com exceção de Goiânia, capital do estado, que tem 1,4 milhão de habitantes.

No Tocantins, aparecem com bloqueio no Siafi os municípios de Wanderlândia, norte do estado, e Pugmil, no sul.

Causas do bloqueio

O FPM é a principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios de pequeno e médio porte — até 50 mil habitantes. O especialista em orçamento Cesar Lima explica o bloqueio dos repasses, que ocorre devido a dívidas com a União ou atrasos na prestação de contas.

“Os dois principais motivos que deixam um município impedido de receber recursos do FPM são dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esses compromissos, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União", destaca.

Lima também explica que, em ambos os casos, a regularização depende do pagamento da dívida ou da negociação desses débitos previdenciários junto ao INSS ou à União, conforme o caso.

O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) reúne informações referentes a execuções orçamentárias, patrimoniais e financeiras da União. Quando um município é incluído no sistema, a prefeitura fica impedida de receber qualquer ajuda financeira. 

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