Tocantins

Servidores em greve são ameaçados e perseguidos pelo Governo; ação 'arbitrária e truculenta', diz Sisepe

Por Agnaldo Araujo
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12/08/2016 08h40 - Atualizado há 5 anos
Em greve desde a última terça-feira (09/08), os servidores públicos estaduais no Tocantins estão sendo ameaçados pelo governo na tentativa de inibir os grevistas, conforme denúncia do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sisepe-TO). O Sindicato afirmou que já houve inúmeras reclamações de servidores em relação a ameaças de corte de ponto, remoção de servidores, retirada das funções comissionadas e das gratificações, além da existência de uma lista que estaria circulando em vários órgãos com o objetivo de arquivar os nomes de todos os servidores efetivos que aderirem à greve. Conforme a entidade, as denúncias vieram de diversas cidades e órgãos estaduais, em especial, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz). O sindicato afirmou que repudia com veemência a atitude dos chefes e do próprio Governo do Estado que, segundo o Sisepe, estão tentando coibir a participação dos servidores no movimento grevista, impedindo assim de exercer o direito à greve. “Estamos apurando caso a caso e queremos lembrar àqueles que estão tendo esta postura vergonhosa, que a prática de ameaçar o servidor público em exercício do direito de greve configura assédio moral e pode acarretar em demissão do culpado, nos termos da Lei nº 1.818/2007 (Estatuto do Servidor Público)”, alertou o presidente do Sisepe-TO, Cleiton Pinheiro. “Recebemos uma ligação com orientações dos supervisores e superintendentes para que fosse passado um e-mail informando os nomes de todos os que estão aderindo à greve”, contou um servidor público efetivo da Secretaria da Fazenda, que preferiu não se identificar, por medo de retaliação. Segundo ele, os servidores também estão sendo ameaçados de corte da PDAAF, que é a produtividade de desempenho de Atividade Administrativo-Fazendária. Sobre as ameaças, o presidente do Sisepe-TO informou que o sindicato está adotando as medidas cabíveis e vai ingressar com ação judicial. “Assim que a ação for protocolada, vamos informar aos servidores e também vamos comunicar o Ministério Público (MPE). O que não vamos permitir é que o servidor seja tratado dessa forma por um governo que se diz democrático e humano, mas, na prática, age de forma completamente arbitrária e truculenta”, criticou Cleiton Pinheiro. Dimensão da paralisação Além das 27 cidades nas quais o Sisepe-TO está com diretores acompanhando a greve, o Sindicato também tem recebido fotos e depoimentos que relatam a adesão dos servidores das cidades de Aurora do Tocantins, Lavandeira, Ananás, Filadélfia, Colméia, Wanderlândia, Porto Alegre, Novo Jardim, Combinado, Nova Olinda, Fátima, Silvanópolis, São Valério, Brejinho de Nazaré, entre outras.

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