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Siqueira Campos rechaça aliança com Marcelo Miranda e critica Amastha: 'não sou eu quem xinga adversários'

Por Redação AF
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18/09/2017 19h40 - Atualizado há 5 anos
Em uma carta endereçada a Carlos Amastha (PSB) e a seu partido, o ex-governador Siqueira Campos (sem partido) demonstra interesse em manter o atual prefeito de Palmas longe do Palácio Araguaia. No documento, Siqueira deseja que Amastha conclua seu mandato à frente da prefeitura de Palmas, ao contrário do que tem almejado sua sigla – o PSB – que o anunciou, ontem, como pré-candidato ao governo do Estado. Seu posicionamento pode ser uma reação aos ataques feitos por Amastha nos últimos tempos. Sempre que pode, abertamente, o prefeito diz que é contra ao que ele chama de 'velha política' e que o Tocantins precisa de algo novo. Em algumas ocasiões, Amastha já chegou a xingar ex e atuais gestores de ‘bandidos’, ‘ladrões’ e ‘criminosos’. Já no início da carta, o ex-governador justifica sua manifestação ao partido, que segundo ele, só acontece devido seu nome ter sido “citado sobre uma eventual aliança ao atual governador do Tocantins”.  Siqueira garante que não está com Marcelo Miranda (PMDB) e nem pretende estar. Enfático, ele diz que mantém seus ideais políticos, apesar de já ter vencido desavenças pessoais. “Vejamos, desde 1988, quando disputei a primeira eleição para Governador do Tocantins, sempre enfrentei o PMDB. E foi assim em 1994, 1998, 2006 e 2010. Creio estar perfeitamente clara a minha linha e coerência”, lembra na carta. Ao mesmo tempo, o ex-governador alfineta o atual prefeito de Palmas, Carlos Amastha, dizendo que ele sim volta atrás em seus posicionamentos, ora atacando e ora se aliando a quem antes era adversário. “Recordo aos atuais líderes do PSB, que em 2010, o atual presidente da sigla e hoje Prefeito da nossa Capital, apoiou abertamente o então candidato à reeleição ao Governo do Estado pelo PMDB, Carlos Henrique Gaguim. O mesmo Carlos Gaguim que hoje defende uma Emenda Constitucional para que o atual Prefeito de Palmas  não possa ser candidato a Governador ou a Senador, Emenda que não tem o meu apoio”, diz a carta. Ele continua seu raciocínio pedindo que seu nome seja excluído de especulações “infundadas”. E, se referindo a Amastha como “sua excelência”, recorda que já o recebeu em sua casa com educação e gentileza, assim como fez com Kátia Abreu (PMDB), Ataídes Oliveira (PSDB) e Vicentinho Alves (PR) – outros já concorrentes ao Palácio do Araguaia. A crítica de Siqueira Campos a Amastha fica clara quando, em um trecho da carta, o ex-governador menciona os episódios em que o prefeito xinga e acusa sua oposição. “Não sou eu quem faz e desfaz alianças atingindo a honra, xingando adversários, para depois mudar de posição em virtude de novas conjunturas”, ressalta. Campos reconhece na sua carta, no entanto, a importância do PSB para o Estado e destaca que não está em pré-campanha, apesar de se mostrar antenado nas recentes movimentações da política tocantinense. Nas últimas linhas, o ex-governador diz que pode sim colocar seu nome à disposição à disputa pelo Senado, caso seu estado de saúde colabore. Por fim, Siqueira finaliza desejando que Amastha continue seus projetos e obras em Palmas. “Desejo que o atual prefeito da cidade que tive a honra de fundar e construir as grandes obras que nela existem, que continue com sua administração, pois há muito trabalho a fazer e é isso que o povo dessa cidade espera”, conclui.  

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