Composta por diversos movimentos, Marcha vai às ruas de Palmas em defesa da juventude que vive nas periferias.
Entidades da sociedade civil como o Movimento Negro e movimentos culturais realizam neste sábado (19) a Marcha em Defesa da Vida (@marchaemdefesadavida), em Palmas, com concentração às 17h00 na Estação Xerente, que fica no Aureny III.
Segundo a organização, o objetivo é chamar a atenção do poder público para o crescimento da violência nas periferias da Capital, e a urgência do fortalecimento e ampliação de políticas públicas para juventude periférica palmense.
Movimentos locais como Enegrecer, Quizomba, Marcha Mundial das Mulheres, Frente Nacional das mulheres do Hip Hop e o Conselho de Igualdade Social do Tocantins estão à frente da Marcha.
#PERIFERIAPEDEPAZ
Moradores das periferias palmenses, instituições públicas e movimentos sociais se somam na articulação da Marcha em Defesa da Vida, movimento que se compôs para “pedir paz em todas as quebradas”.
Itria Corrêa, que integra (dentre outros movimentos) o Enegrecer (@enegrecer) e está à frente da organização da Marcha, argumenta que o Movimento Negro precisa ir às ruas, dizer à sociedade que as vidas negras e periféricas importam, e que possuem um significado, simbolizam resistência.
“Queremos apontar a responsabilidade, direta e indireta, do poder público pelas mortes precoces de jovens da periferia, sobretudo as ocasionadas pela violência institucional ou estrutural” diz a integrante do Enegrecer.
Para Itria “a periferia sofre ataques diários, e está cansada de sangrar”. A militante argumenta: “Mães que perdem seus filhos, jovens que perdem seus amigos, meninos que perdem suas vidas antes mesmo de começá-las. Precisamos nos unir em luta e quebrar o silêncio diante as nossas mortes”.