A mãe da criança afirmou que essa é a 2ª vez que o vereador desaparece com o menino.
Membros do Conselho Tutelar de São José do Xingu, no Estado do Mato Grosso, estiveram no município de Pium (TO), região central do Estado, nesta sexta-feira (12), à procura do vereador Neném do Osvaldinho (PRTB), que é acusado por sua ex-esposa de ter sequestrado o próprio filho de 7 anos. Os conselheiros estavam acompanhados de advogados, oficial de justiça e polícia.
A mãe da criança confirmou ao AF Notícias o suposto sequestro e também estava junto com a equipe em Pium. Elisângela Pereira Nunes afirmou que essa é a segunda vez que o vereador desaparece com o menino.
Segundo a ex-esposa, ela não vê o filho há quatro meses. “É a segunda vez que ele faz isso. A primeira foi em 2014 e ele disse que seu eu tentasse ficar com a criança ele iria sair do país. No dia 9 de dezembro do ano passado ele foi à minha casa dizendo que ia levar o menino para almoçar e trouxe para o Tocantins. Já faz quatro meses que não vejo meu filho”, declarou.
A mãe da criança acredita que o vereador foi avisado sobre a operação de busca e se escondeu para não entregar o filho. “Nós viemos hoje para pegar o meu filho, mas acredito que alguém tenha avisado e ele fugiu, não está na cidade. O pessoal ligou pra ele e agora nem atende mais o celular. Quase não consegui falar com meu filho durante esse tempo. Ele vivia ameaçando que iria tomar a criança. Tentei falar com ele para trazer o menino de volta, mas ele já até matriculou meu filho numa escola daqui”, disse.
A Polícia Civil, que acompanha as buscas pela criança, disse ao AF Notícias que o pai da criança estava em Palmas, mas o menino estaria na cidade e teria sido localizado.
Já a conselheira tutelar de São José do Xingu, Maria de Jesus, que acompanha a mãe do menino, informou à reportagem que as buscas pela criança foram feitas na companhia de um oficial de justiça, porém o garoto não foi encontrado.
“Aparentemente parece que ele foi escondido. Parece que o pai soube pouco antes da gente chegar. Procuramos em todos os lugares possíveis que nos foram informados. Fomos primeiro na escola e o oficial de justiça aqui do Tocantins entrou e disse que ela não tinha ido à escola. Depois tivemos a informação de o garoto teria ido sim e um amigo do pai o teria buscado. Estamos voltando para o Mato Grosso sem ter êxito”, declarou.
A conselheira explicou que o oficial de justiça tem até cinco dias para localizar a criança e devolver à mãe. Caso contrário, os advogados da ex-esposa do vereador podem pedir a prisão do parlamentar.
Tentamos entrar em contato com o vereador, mas o telefone estava desligado ou fora de área.