Palmas

Advogado é suspeito de agredir garoto com camiseta de Bolsonaro; OAB-TO se manifesta

No mesmo dia, a capital do Tocantins também registrou manifestações favoráveis ao candidato.

Por Redação 5.632
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01/10/2018 10h19 - Atualizado há 6 anos
Mãe relata agressão do filho

Uma confusão foi registrada durante o ato #EleNão que ocorreu no Parque dos Povos Indígenas, em Palmas, no fim da tarde deste sábado (29), organizado por militantes contrários ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). No mesmo dia, a capital do Tocantins também registrou manifestações favoráveis ao candidato.

A confusão envolveu o advogado Edy César, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-TO, que teria agredido com um taco de beisebol dois adolescentes, um deles de 14 anos.

O advogado afirma, porém, que não cometeu nenhuma agressão contra o menino. Segundo ele, após participar da manifestação pacífica junto com sua família, dirigiu-se para o estacionamento e percebeu duas pessoas, sem camisa, jogando pedras nos veículos que estavam parados próximos à praça e ofendendo manifestantes.

"Preocupado com a segurança das pessoas que estavam próximas a mim, apenas pedi com firmeza para que os meninos se retirassem dali e parassem com provocações em um ambiente que não tinha essa finalidade", diz o advogado, acrescentando que eles estavam com spray de pimenta.

MÃE E PAI CONTESTAM VERSÃO

Contudo, a mãe de um dos meninos gravou um vídeo mostrando um hematoma no braço do adolescente, que teria sido provocado pelo taco de beisebol.

“Ele pegou um taco de beisebol e uma faca e agrediu meu filho, bateu na bicicleta. O Fernando [filho] tinha um spray de gengibre que conseguiu se defender enquanto ele corria”, contou, citando que o menino estava vestido com uma camiseta de apoio a Bolsonaro. 

A mulher disse ainda que comprou o spray para o filho depois que uma moradora do prédio foi assaltada e agredida. "Para ele se defender caso alguém roubasse seu celular ou bicicleta, enquanto corria. Esse spray foi o que fez com que o rapaz não esfaqueasse ele”, diz.

O pai do outro adolescente envolvido no episódio, o também advogado Leandro Manzano, disse que tomará todas as medidas judiciais cabíveis e pediu o afastamento do colega da presidência da Comissão.

“Enoja-me essa postura de um professor universitário, advogado e presidente da comissão de direitos humanos da OAB. Ficaria mais bonito por parte dele assumir que estava alterado por sentimentos de ódio por ver um menino vestindo uma camiseta de um candidato contrário ao dele e que por isso agrediu a criança”, citou nas redes sociais.

NOTA DA OAB-TO

Com a grande repercussão do caso, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Estado do Tocantins, disse que rejeita quaisquer atos de violações ao Estado Democrático de Direito, bem como, qualquer ato de violência, física ou verbal.

A entidade informou que o advogado já foi afastado da Comissão e quer agilidade na apuração dos fatos e responsabilidades, “zelando sempre pelo devido processo legal”.

A OAB-TO também disse que repudia atos de intolerância e toda manifestação de ódio e, por essa razão, seguirá firme acompanhando as apurações e definições de eventuais responsabilidades de membros inscritos em suas fileiras.

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