<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> O professor de educação física da rede municipal de ensino de Araguaína, Rafael Rabelo, está dedicando parcela do seu tempo para o trabalho social e usando o esporte para auxiliar no processo ensino-aprendizagem dos alunos do setor Céu Azul.<br /> <br /> A equipe de reportagem do AF Notícias visitou a Escola José Ferreira Barros e conheceu de perto a atividade que está melhorando o comportamento, as relações interpessoais, tirando as crianças das ruas e tornando o ambiente escolar ainda mais atrativo. De acordo com o professor Rafael, o projeto “Atleta Ouro: Aqui Se Treina Futuros Campeões” foi pensado para suprir o déficit de atenção nas crianças, além de ensinar boas práticas inibidoras de violência escolar e social. Os pequeninos aprendem o jiu-jítsu inspirados pelos princípios de lealdade, disciplina e humildade. “Com essa abordagem abrimos um leque de oportunidades para crianças imperativas, com déficit de atenção, muitas bem tímidas, para que pudessem se socializar e trabalhar em equipe”, destacou.<br /> <br /> <u><strong>Início do projeto</strong></u><br /> <br /> O projeto começou no início de 2012 com vinte crianças e fechou o ano com mais de 80. De acordo com Rafael Rabelo, o projeto tem sido divulgado nas redes sociais até com a finalidade de conscientizar as crianças sobre a prática de esporte.<br /> <br /> Segundo o professor, sua principal dificuldade é a falta de tempo para dedicar-se um pouco mais ao projeto, além da escassez de recursos financeiros. “Mesmo assim já realizamos campeonato infantil na escola e participamos em outros de nível regional. Não participamos dos interestaduais por motivos financeiros e falta de apoio”, ressaltou.<br /> <br /> <u><strong>Crianças atendidas</strong></u><br /> <br /> “Nós atendemos na faixa etária dos cinco aos treze anos de idade, isso engloba crianças do 1º ano ao 5º para modelamento e aprimoramento da temática jiu-jítsu. Percebemos o interesse no projeto e vemos a resposta em sala de aula. As crianças tem mais concentração e exatidão dentro e fora do ambiente escolar”, explica.<br /> <br /> <strong><u>Apoio</u></strong><br /> <br /> Mesmo tendo bons resultados, o projeto ainda padece da falta de incentivos tanto por parte do poder público quanto da iniciativa privada. “Gostaríamos que o poder público, bem como os particulares, empresários, dessem uma atenção especial ao projeto, visto que em Araguaína residem atletas importantes que tem capacidade de nos representar inclusive fora do Estado”, afirma.<br /> <br /> Ainda segundo o professor, a direção da escola tem dado apoio à iniciativa e a expectativa para este ano é atender cerca de 120 crianças. Mas, para isso, Rafael argumentou que precisa ainda do apoio da Secretaria Municipal de Educação para que os treinos sejam no contraturno das aulas.<br /> <br /> Atualmente, as aulas acontecem nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 17 às 18 horas.<br /> <br /> <u><strong>Direção da escola</strong></u><br /> <br /> Segundo o diretor da escola, Luzimar Santos Guimarães, os resultados nos alunos são perceptíveis em sala de aula. “Com esse projeto já observamos o desenvolvimento social dessas crianças, até porque para participar existem regras que são bem colocadas pelo professor Rafael e aceitas pelas crianças. Com isso o rendimento pedagógico foi significativo. Percebemos nas avaliações, no comportamento das próprias crianças na escola. E na comunidade percebemos também que houve uma diminuição dos conflitos envolvendo as crianças”, destacou.<br /> <br /> Para o diretor, o projeto é uma oportunidade que as crianças têm para queimar energia de forma positiva. “Eles estão queimando suas energias no momento dos treinamentos e não vão usar na rua. Sem falar que eles precisam manter o bom rendimento em sala para permanecer no projeto”, afirmou Luzimar.<br /> <br /> Para as aulas, a escola disponibiliza o local, alguns quimonos e o tatame.<br /> <br /> <strong><u>Parcerias</u></strong><br /> <br /> O projeto também conta com o apoio de Lúcio Milhomem, professor da equipe de Crocodilo Jiu-jitsu, que se sensibilizou com a iniciativa do professor Rafael e passou a ser um parceiro. “Este é um excelente trabalho. Ele me chamou pra que eu visse o trabalho e hoje a gente está em parceria com essa ‘rapaziadinha’ pra termos futuramente os atletas de ponta. Estamos tentando conduzir os alunos para um caminho do bem, tirando eles de alguma eventualidade que a vida pode proporcionar de ruim.”<br /> <br /> <u><strong>Pais</strong></u><br /> <br /> Para Edivaldo Oliveira, avô do garoto Fredson Kennedy Souza, 05 anos, o projeto serve para tirar as crianças das ruas, além de melhorar a convivência em sociedade. “Mantém as crianças fora das ruas e é isso o que queremos para nossos filhos”, destacou.</span></div>