Com projeto social, professor ensina jiu-jitsu e obtém bons resultados em sala de aula

Por Redação AF
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14/03/2013 17h54 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Reda&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> O professor de educa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica da rede municipal de ensino de Aragua&iacute;na, Rafael Rabelo, est&aacute; dedicando parcela do seu tempo para o trabalho social e usando o esporte para auxiliar no processo ensino-aprendizagem dos alunos do setor C&eacute;u Azul.<br /> <br /> A equipe de reportagem do AF Not&iacute;cias visitou a Escola Jos&eacute; Ferreira Barros e conheceu de perto a atividade que est&aacute; melhorando o comportamento, as rela&ccedil;&otilde;es interpessoais, tirando as crian&ccedil;as das ruas e tornando o ambiente escolar ainda mais atrativo.&nbsp; De acordo com o professor Rafael, o projeto &ldquo;Atleta Ouro: Aqui Se Treina Futuros Campe&otilde;es&rdquo; foi pensado para suprir o d&eacute;ficit de aten&ccedil;&atilde;o nas crian&ccedil;as, al&eacute;m de ensinar boas pr&aacute;ticas inibidoras de viol&ecirc;ncia escolar e social. Os pequeninos aprendem o jiu-j&iacute;tsu inspirados pelos princ&iacute;pios de lealdade, disciplina e humildade. &ldquo;Com essa abordagem abrimos um leque de oportunidades para crian&ccedil;as imperativas, com d&eacute;ficit de aten&ccedil;&atilde;o, muitas bem t&iacute;midas, para que pudessem se socializar e trabalhar em equipe&rdquo;, destacou.<br /> <br /> <u><strong>In&iacute;cio do projeto</strong></u><br /> <br /> O projeto come&ccedil;ou no in&iacute;cio de 2012 com vinte crian&ccedil;as e fechou o ano com mais de 80. De acordo com Rafael Rabelo, o projeto tem sido divulgado nas redes sociais at&eacute; com a finalidade de conscientizar as crian&ccedil;as sobre a pr&aacute;tica de esporte.<br /> <br /> Segundo o professor, sua principal dificuldade &eacute; a falta de tempo para dedicar-se um pouco mais ao projeto, al&eacute;m da escassez de recursos financeiros. &ldquo;Mesmo assim j&aacute; realizamos campeonato infantil na escola e participamos em outros de n&iacute;vel regional. N&atilde;o participamos dos interestaduais por motivos financeiros e falta de apoio&rdquo;, ressaltou.<br /> <br /> <u><strong>Crian&ccedil;as atendidas</strong></u><br /> <br /> &ldquo;N&oacute;s atendemos na faixa et&aacute;ria dos cinco aos treze anos de idade, isso engloba crian&ccedil;as do 1&ordm; ano ao 5&ordm; para modelamento e aprimoramento da tem&aacute;tica jiu-j&iacute;tsu. Percebemos o interesse no projeto e vemos a resposta em sala de aula. As crian&ccedil;as tem mais concentra&ccedil;&atilde;o e exatid&atilde;o dentro e fora do ambiente escolar&rdquo;, explica.<br /> <br /> <strong><u>Apoio</u></strong><br /> <br /> Mesmo tendo bons resultados, o projeto ainda padece da falta de incentivos tanto por parte do poder p&uacute;blico quanto da iniciativa privada. &ldquo;Gostar&iacute;amos que o poder p&uacute;blico, bem como os particulares, empres&aacute;rios, dessem uma aten&ccedil;&atilde;o especial ao projeto, visto que em Aragua&iacute;na residem atletas importantes que tem capacidade de nos representar inclusive fora do Estado&rdquo;, afirma.<br /> <br /> Ainda segundo o professor, a dire&ccedil;&atilde;o da escola tem dado apoio &agrave; iniciativa e a expectativa para este ano &eacute; atender cerca de 120 crian&ccedil;as. Mas, para isso, Rafael argumentou que precisa ainda do apoio da Secretaria Municipal de Educa&ccedil;&atilde;o para que os treinos sejam no contraturno das aulas.<br /> <br /> Atualmente, as aulas acontecem nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 17 &agrave;s 18 horas.<br /> <br /> <u><strong>Dire&ccedil;&atilde;o da escola</strong></u><br /> <br /> Segundo o diretor da escola, Luzimar Santos Guimar&atilde;es, os resultados nos alunos s&atilde;o percept&iacute;veis em sala de aula. &ldquo;Com esse projeto j&aacute; observamos o desenvolvimento social dessas crian&ccedil;as, at&eacute; porque para participar existem regras que s&atilde;o bem colocadas pelo professor Rafael e aceitas pelas crian&ccedil;as. Com isso o rendimento pedag&oacute;gico foi significativo. Percebemos nas avalia&ccedil;&otilde;es, no comportamento das pr&oacute;prias crian&ccedil;as na escola. E na comunidade percebemos tamb&eacute;m que houve uma diminui&ccedil;&atilde;o dos conflitos envolvendo as crian&ccedil;as&rdquo;, destacou.<br /> <br /> Para o diretor, o projeto &eacute; uma oportunidade que as crian&ccedil;as t&ecirc;m para queimar energia de forma positiva. &ldquo;Eles est&atilde;o queimando suas energias no momento dos treinamentos e n&atilde;o v&atilde;o usar na rua. Sem falar que eles precisam manter o bom rendimento em sala para permanecer no projeto&rdquo;, afirmou Luzimar.<br /> <br /> Para as aulas, a escola disponibiliza o local, alguns quimonos e o tatame.<br /> <br /> <strong><u>Parcerias</u></strong><br /> <br /> O projeto tamb&eacute;m conta com o apoio de L&uacute;cio Milhomem, professor da equipe de Crocodilo Jiu-jitsu, que se sensibilizou com a iniciativa do professor Rafael e passou a ser um parceiro. &ldquo;Este &eacute; um excelente trabalho. Ele me chamou pra que eu visse o trabalho e hoje a gente est&aacute; em parceria com essa &lsquo;rapaziadinha&rsquo;&nbsp; pra termos futuramente os atletas de ponta. Estamos tentando conduzir os alunos para um caminho do bem, tirando eles de alguma eventualidade que a vida pode proporcionar de ruim.&rdquo;<br /> <br /> <u><strong>Pais</strong></u><br /> <br /> Para Edivaldo Oliveira, av&ocirc; do garoto Fredson Kennedy Souza, 05 anos, o projeto serve para tirar as crian&ccedil;as das ruas, al&eacute;m de melhorar a conviv&ecirc;ncia em sociedade. &ldquo;Mant&eacute;m as crian&ccedil;as fora das ruas e &eacute; isso o que queremos para nossos filhos&rdquo;, destacou.</span></div>
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