Comissão de Inquérito incia trabalhos, mas problemas no Assocarne estão longe de serem resolvidos

Por Redação AF
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08/11/2013 19h06 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Em reuni&atilde;o na C&acirc;mara de Aragua&iacute;na, a Comiss&atilde;o Especial de Inqu&eacute;rito (CEI), instaurada para apurar as den&uacute;ncias de irregularidades na Assocarne, ouviu na tarde desta quinta-feira, 07, dois distribuidores de carne da cidade.&nbsp;&nbsp;&nbsp; Apesar da interven&ccedil;&atilde;o no matadouro p&uacute;blico e das investiga&ccedil;&otilde;es tanto da Comiss&atilde;o, quanto do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual (MPE), ainda n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de quando os problemas ser&atilde;o resolvidos.<br /> <br /> <u><strong>Comiss&atilde;o Especial de Inqu&eacute;rito</strong></u><br /> <br /> A reuni&atilde;o entre os integrantes da CEI, composta pelos vereadores Terciliano Gomes, Batista Capixaba e Silvinia Pires, contou com a presen&ccedil;a dos empres&aacute;ios Silvestre Martins Araujo (Distribuidora S&atilde;o Bento) e C&iacute;cero Possid&ocirc;ncio Torres (Distribuidora Nelore).&nbsp; O objeto foi coletar informa&ccedil;&otilde;es sobre a situa&ccedil;&atilde;o do matadouro p&uacute;blico, mais especificamente sobre a composi&ccedil;&atilde;o do pre&ccedil;o cobrado pela associa&ccedil;&atilde;o para o abate de gados.<br /> <br /> <u><strong>Arrecada&ccedil;&atilde;o da Assocarne</strong></u><br /> <br /> Segundo repassado &agrave; Comiss&atilde;o, o pre&ccedil;o cobrado pela Assocarne aos Distribuidores &eacute; de R$ 75,00 por cabe&ccedil;a. H&aacute; 2 anos era cobrado apenas R$ 25,00, e o aumento foi em virtude da compra de uma C&acirc;mara Fria, no custo de R$ 300 mil e mais o servi&ccedil;o da base para sua instala&ccedil;&atilde;o que ficou em R$ 100 mil.&nbsp;<br /> <br /> Ainda foi relatado que a folha de pagamento da Associa&ccedil;&atilde;o gira em torno de R$ 60 mil mensais, enquanto a arrecada&ccedil;&atilde;o fica na m&eacute;dia de R$ 180 mil mensal. O salto &eacute; usado no pagamento de despesas complementares como combust&iacute;vel, manuten&ccedil;&atilde;o de maquin&aacute;rio e direitos trabalhistas.&nbsp;<br /> <br /> <u><strong>Sem presta&ccedil;&atilde;o de contas</strong></u><br /> <br /> C&iacute;cero reclamou que o atual presidente [Jos&eacute; Nilton &ndash; Baiano] n&atilde;o presta conta dos gastos da Associa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;J&aacute; cobramos, mas ele sempre deixa para depois e as vezes j&aacute; ficou at&eacute; bravo,&rdquo; explicou. Silvestre argumentou que o representante j&aacute; deixou de pagar at&eacute; os direitos trabalhistas para alguns funcion&aacute;rios. &ldquo;Na hora do acerto soma tudo e arruma o dinheiro para pagar.&rdquo; Outra renda da Associa&ccedil;&atilde;o vem da Fribotins, que paga o valor de R$ 5,00 por carca&ccedil;a, caso n&atilde;o sirva para o consumo, e o mesmo valor para ficar com partes do gado como a cabe&ccedil;a, p&eacute;s, bucho e sangue,&nbsp; para process&aacute;-los.<br /> <br /> <strong><u>Participa&ccedil;&atilde;o no mercado</u></strong><br /> <br /> Atualmente a Assocarne &eacute; respons&aacute;vel por 40% da carne vendida nos estabelecimentos de Aragua&iacute;na e os frigor&iacute;ficos ficam com a maior fatia, 60%. Segundo repassado &agrave; CEI, antes, 80% da carne vinha da Assocarne, mas ap&oacute;s o agravamento dos problemas, esse percentual teve uma queda brusca.<br /> <br /> <u><strong>Cautela na interven&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> Durante a reuni&atilde;o, o vereador Terciliano Gomes explicou que o matadouro p&uacute;blico est&aacute; sob interven&ccedil;&atilde;o, mas apenas no sentido de fazer um levantamento sobre o patrim&ocirc;nio. No entanto, n&atilde;o pode interferir nas atividades da Assocarne. &ldquo;Precisamos analisar com muita cautela.&rdquo; E justificou ainda que a interven&ccedil;&atilde;o pode correr tamb&eacute;m via Judicial, a pedido dos associados, j&aacute; que o Poder P&uacute;blico precisa de muita cautela para fazer isso, com a finalidade de evitar preju&iacute;zos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Ainda de acordo com Terciliano, &ldquo;o objetivo da CEI &eacute; analisar o que est&aacute; acontecendo de forma geral no Frigor&iacute;fico Municipal&rdquo;. <em>&ldquo;Agora se observarmos que h&aacute; uma necessidade vamos oficiar o Poder Executivo para que ele tome as decis&otilde;es perante a interven&ccedil;&atilde;o. Mas temos que trabalhar essa interven&ccedil;&atilde;o com responsabilidade, pensando principalmente na comunidade araguainense. N&atilde;o podemos simplesmente tomar uma decis&atilde;o motivados pelo impulso e que possa prejudicar a popula&ccedil;&atilde;o. Estamos levantando os dados para que possamos tomar uma decis&atilde;o que venha contemplar a tamb&eacute;m a popula&ccedil;&atilde;o do Barra da Grota (sofre com o mau cheiro)</em>&rdquo;, explicou o presidente da Comiss&atilde;o.<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/assocarne(1).jpg" style="width: 600px; height: 244px;" /><br /> (Situa&ccedil;&atilde;o no Frigor&iacute;fico Assocarne - Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Tv Anhanguera)</span></div>
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