Tocantins

Cadáver encontrado em aldeia na Ilha do Bananal é identificado por meio de restauração da digital

Próximo passo será a liberação do corpo para os familiares.

Por Agnaldo Araujo 924
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10/12/2022 08h59 - Atualizado há 1 ano
Exame necropapiloscópico permitiu a identificação por meio de digital

Um cadáver encontrado nas imediações da Ilha do Bananal em avançado estado de decomposição em 28 de novembro deste ano foi identificado pelo Instituto de Identificação do Tocantins em apenas dez dias.

Para tanto, o Núcleo Especializado de Identificação Necropapiloscópica, em parceria com o Núcleo de Especializado em Medicina Legal, realizou o exame necropapiloscópico, restaurando a digital da vítima.

“Por meios menos custosos e mais rápidos, cadáveres estão sendo identificados e entregues aos seus entes queridos com maior agilidade, minimizando o sofrimento das famílias. É nesse sentido que trabalhamos na qualificação dos nossos servidores e na estruturação dos núcleos, de forma a prestar um serviço de excelência ao cidadão tocantinense”, destacou o secretário de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), Wlademir Costa.

O Instituto de Identificação e o Núcleo de Especializado em Medicina Legal são órgãos vinculados à Superintendência de Polícia Científica da SSP-TO. “Apesar do momento de dor e sofrimento dos parentes, a identificação dos corpos ignorados ou não identificados é de fundamental importância para assegurar os direitos da família em confirmar a morte de um ente querido, além de garantir os desdobramentos jurídicos legais com relação aos direitos dos familiares”, complementou a superintendente de Polícia Científica Aldênis Cavalcante.

O diretor do Núcleo de Especializado em Medicina Legal, Eduardo Godinho, destacou o trabalho realizado pela papiloscopia. “Há que se elogiar muito o trabalho feito pela papiloscopia, que conseguiu restaurar a digital desse cadáver já esqueletizado. Isso mostra não só a competência dos nossos profissionais, mas também o quanto temos condições de realizar procedimentos em pé de igualdade com laboratórios de grandes centros do país”, destacou.

A diretora do Instituto de Identificação, Naídes Cesar Silva, destacou a importância das parcerias firmadas entre as forças de segurança e o IML em colaboração com os papiloscopistas no auxílio e busca por respostas. “Mesmo em situações como esta, em que o cadáver se encontra totalmente esqueletizado, é possível realizar a sua identificação pelo método papiloscópico, ou seja, através das impressões digitais. Isso denota o caráter técnico-científico do trabalho realizado”, destacou.

O próximo passo é organizar a documentação e liberar os restos mortais para que a família proceda ao enterro e às homenagens póstumas. O laudo, assim como toda documentação pertinente, será encaminhado à 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia e anexado ao inquérito policial em andamento.

Entenda

Conforme boletim de ocorrência registrado na 12ª Central de Flagrantes de Gurupi, o corpo foi encontrado em um local de difícil acesso, na Aldeia Wajukabu, na Ilha do Bananal, em Formoso do Araguaia. 

A ossada foi levada inicialmente para o 7º Núcleo Regional de Medicina Legal de Gurupi, mas foi enviada para o Núcleo Especializado de Medicina Legal de Palmas devido à necessidade de exames mais complexos.

Na ocasião, um familiar se apresentou e foi feita a coleta de material genético para realizar o exame de DNA. Material este que também foi enviado para Palmas, no entanto, não será mais necessário realizar o referido exame, visto que com o cadáver havia um documento de identificação e o exame feito pela papiloscopia mostrou se tratar da mesma pessoa.

A SSP-TO não revelou o nome da pessoa que teve o corpo identificado. 

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