<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> No país em que maioria da população sobrevive com salários mínimos e um benefício que inclui apenas o 13º, manter as benesses do 14º e 15º para a classe que já é a mais privilegiada, em termos remuneratórios, é no mínimo imoral. Por isso é que a medida tomada em Brasília extinguindo os salários adicionais para senadores e deputados federais já provocou um efeito cascata e teve reflexos em menos de 24 horas em outros estados.<br /> <br /> No entanto, 13 assembleias legislativas insistem em envergonhar o país ao continuar na contramão dos princípios da ética e da moralidade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os deputados recebem 16 salários por ano. Em Rondônia, a situação é ainda mais gritante: as duas parcelas extras, pagas no início e no fim de cada ano, são dobradas. Pelo menos sete assembleias prometeram se reunir na próxima semana para avaliar a abolição da regalia.<br /> <br /> Já nos estados da Bahia, Pernambuco, Rondônia, Roraima e Tocantins não há sequer um projeto em tramitação ou reunião da mesa diretora para acabar com o privilégio histórico.<br /> <br /> <u><strong>Deputados tocantinenses</strong></u><br /> <br /> Os deputados estaduais do Tocantins também são agraciados com os dois salários extras a cada ano. O benefício no valor de R$ 20.042,35 leva o nome de Verba de Apoio para o Início da Atividade Parlamentar, que é paga em fevereiro, e Verba de Apoio para o Final da Atividade Parlamentar, recebida em dezembro.<br /> <br /> Se os 24 deputados tiverem a decência de acabar com essa imoralidade, a economia anual ao Estado do Tocantins será de quase R$ 1 milhão, ou melhor, exatamente R$ 962.032,80.<br /> <br /> Para se ter noção do quanto é lucrativo ser político no Brasil, um parlamentar tocantinense recebe um mísero salário anual de R$ 300.635,25. No mesmo Tocantins, um professor concursado com nível superior recebe mensalmente o valor de R$ 3.062,00.<br /> <br /> <u><strong>Exemplo a ser seguindo</strong></u><br /> <br /> O caso de Alagoas chama a atenção e serve de referência para políticos que prezam pela ética e moralidade com os recursos públicos. Lá, os deputados não recebem sequer o 13º. “A nossa procuradoria considera que não é cabível”, ressaltou o presidente da Assembleia, Fernando Toleso (PSDB).<br /> <br /> <em>(Com informações do Jornal Estado de Minas)</em></span></div>