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Desemprego cresce 15% no Tocantins e mais pessoas passam a receber auxílio do governo

Cerca de 10 mil pessoas perderam postos de trabalho no estado em junho.

Por Redação
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23/07/2020 18h30 - Atualizado há 3 anos
Cerca de 10 mil pessoas ficaram desempregadas só em junho

Em junho, cerca de 53,8% do total de domicílios tocantinenses receberam algum auxílio relacionado à pandemia, como o auxílio emergencial e o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda. Em maio, o benefício atingiu um pouco menos dos lares (cerca de 50,2%).

Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Covid19 mensal.

A sondagem aponta também o aumento da desocupação: 15,3% (ou cerca de 10 mil pessoas) perderam postos de trabalho no Tocantins.

MAIS AJUDA DO GOVERNO

Conforme a pesquisa, mais tocantinenses se beneficiaram direta ou indiretamente com algum auxílio do governo. Em junho, 60,2% dos tocantinenses residiam em lares onde pelo menos um morador recebeu ajuda financeira relacionada à pandemia. Em maio, a proporção foi de 57,3%.

Por outro lado, o percentual de domicílios em que algum morador recebia o Bolsa Família caiu, passando de 16,8%, para 11%.

Em relação ao mercado de trabalho, dos 605 mil tocantinenses de 14 anos ou mais que estavam ocupados em junho, cerca de 90 mil estavam afastados do trabalho e, entre estes, 34 mil deixaram de receber remuneração, o equivalente a 38,2% dos trabalhadores afastados. Em maio, este percentual chegou a 44%, o equivalente a 50 mil pessoas ficaram sem renda.

AFASTADOS DO TRABALHO

Das 90 mil pessoas que estavam afastadas de seu trabalho, 74 mil (ou 12,2% do total da população ocupada no Tocantins) tinham como justificativa o distanciamento social, as demais estavam afastadas por motivo de doença, licença maternidade, férias, qualificação, entre outros. Das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho, 34 mil trabalhavam de forma remota.

Frente a maio, o número de pessoas afastadas de sua ocupação diminuiu, passando de 114 mil para 90 mil e o percentual de trabalhadores tocantinenses afastados devido à pandemia caiu de 15,9% para 12,2%. Por outro lado, ficou estável a proporção de pessoas que realizavam seus trabalhos de forma remota (6,3% em maio contra 6,6% em junho).

FORA DO MERCADO DE TRABALHO

De acordo com a pesquisa, de maio para junho aumentou no Tocantins (de 38,2% para 42,6%) o percentual de pessoas que não estavam inseridas no mercado, mas que gostariam de trabalhar apesar de não terem procurado emprego. 

Em junho, 3,5% dos tocantinenses ocupados (ou 18 mil pessoas) trabalharam menos do que a sua jornada habitual, enquanto cerca de 122 mil pessoas trabalharam acima da média normalmente realizada (23,7%). Já a média semanal de horas efetivamente trabalhadas (31h) no Tocantins ficou abaixo da média habitual (40h).

DESOCUPAÇÃO

No Tocantins, a taxa de desocupação foi de 11% em junho, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação a maio (9,7%).

O crescimento da taxa foi observado na média nacional (de 10,7% para 12,4%) e em todas as grandes regiões, passando de 11,2% para 13,2% no Nordeste, de 10,9% para 12,9% no Sudeste, de 11,4% para 12,4% no Centro-Oeste, de 11,0% para 12,3% no Norte e de 8,9% para 10,0% no Sul.

1,2 MILHÃO DE PESSOAS NA IDADE DE TRABALHAR

Em junho, a pesquisa estimou que o Tocantins tinha 1,2 milhão pessoas com 14 anos ou mais de idade, a chamada população em idade de trabalhar. A população na força de trabalho era de 680 mil, dos quais 605 mil eram ocupados e 75 mil desocupados (aqueles que não estão trabalhando, mas continuam à procura de uma vaga). 

Em relação a maio, o contingente de pessoas na força de trabalho cresceu 0,6% e o de pessoas fora da força 0,3%. Houve redução de 1% no total de pessoas ocupadas e aumento de 15,3% no total de desocupados.

No Brasil o percentual de pessoas que ficaram sem trabalham cresceu 16,6%. Em todas as grandes regiões, houve aumento na desocupação, sendo a maiores variações observadas no Sudeste (18,8%) e Nordeste (18,6%) e a menor no Centro-Oeste (9,1%).

(Wendy Almeida)

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