Segurança de ex-presidentes

Ex-presidentes nos EUA têm proteção vitalícia do Serviço Secreto; no Brasil, segurança é enxuta

Tentativa de assassinato de Donald Trump trouxe à tona questionamentos sobre a eficácia do Serviço Secreto.

Por Isabel Garcia
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16/07/2024 10h28 - Atualizado há 1 hora
Ex-presidentes nos EUA têm proteção vitalícia do Serviço Secreto; no Brasil, segurança é enxuta

Notícias do Tocantins -  Os ex-presidentes nos Estados Unidos desfrutam de uma proteção vitalícia fornecida pelo Serviço Secreto. Este órgão, que opera sob o Departamento de Segurança Interna, é responsável pela segurança de ex-presidentes, seus cônjuges e filhos até os 16 anos.

A proteção é ajustada conforme o nível de ameaça, a duração no cargo e a visibilidade pública dos ex-presidentes. Por exemplo, George W. Bush teve cerca de 75 agentes designados para sua proteção quando deixou a Casa Branca.

Evolução da segurança presidencial

O Serviço Secreto começou a proteger os presidentes em 1902 e expandiu essa proteção para ex-presidentes em 1965, após o assassinato de John F. Kennedy. Em 1968, após o assassinato de Robert Kennedy, a segurança foi estendida a grandes candidatos à presidência, sendo implementada 120 dias antes das eleições. A legislação foi ajustada durante o governo de Bill Clinton para limitar a proteção dos ex-presidentes a dez anos, mas Barack Obama restabeleceu a proteção vitalícia em 2012.

Recentes questionamentos e atentados

A tentativa de assassinato de Donald Trump em 13 de julho trouxe à tona questionamentos sobre a eficácia do Serviço Secreto. A agência é responsável pela avaliação de segurança e pela coordenação com outras forças policiais.

Recentemente, Trump solicitou que o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. recebesse proteção devido ao histórico trágico da família Kennedy. Este pedido foi apoiado por RFK, que agradeceu a Joe Biden por conceder a proteção.

Segurança de ex-presidentes no Brasil

No Brasil, ex-presidentes também têm direito à segurança financiada pelo governo federal, porém, a equipe é significativamente menor. Após deixar o cargo, os ex-presidentes são acompanhados por oito pessoas, incluindo quatro seguranças, dois motoristas e dois assessores.

Os cargos são de livre nomeação e os indicados recebem treinamento específico do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A regulamentação permite que seguranças e motoristas solicitem porte de arma.

Segurança de candidatos à presidência

Candidatos à presidência no Brasil têm direito à segurança pessoal após a homologação de suas candidaturas. Este trabalho é realizado pela Polícia Federal, que elabora planos de ação individualizados e sigilosos com base em análises de risco. A proteção pode ser ampliada conforme a necessidade, garantindo que os candidatos estejam seguros durante o período eleitoral.

Comparação entre os sistemas de segurança

A comparação entre a proteção vitalícia dos ex-presidentes nos EUA e a segurança enxuta oferecida no Brasil evidencia diferenças significativas. Enquanto os ex-presidentes americanos podem contar com uma vasta equipe de proteção, ajustada de acordo com o nível de ameaça, os ex-presidentes brasileiros têm uma equipe muito menor. Essas disparidades refletem não apenas diferenças institucionais, mas também as percepções e prioridades de segurança em cada país.

Fonte: Folha de S.Paulo

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